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SÃO PAULO – Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, anunciou que prevê o término da vacinação contra Covid-19 dos grupos prioritários determinados pelo Plano Nacional de Imunização para setembro deste ano, em vez de maio, como previsto anteriormente.
A fala veio em coletiva de imprensa feita na última quarta-feira (22) na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. “Se continuar nesse ritmo, até setembro atingimos a imunização prevista no Programa Nacional de Imunização”, disse. “Nosso objetivo é que ocorra antes. Depende da chegada dos insumos aqui no Brasil.”
Segundo Queiroga, o atraso se deve pela falta de insumos para produção de vacinas como a da Oxford/AstraZeneca e pela entrega atrasada de doses pelo Covax Facility, consórcio global de vacinação contra Covid-19 criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS/ONU).
“O calendário é sujeito às entregas. O Covax Facility não nos entrega o que foi acordado. Também há carência de insumos e não é questão do Brasil, é mundial”, adicionou o ministro.
O site do consórcio afirma que cerca de 9,1 milhões de doses contra Covid-19 foram alocadas ao Brasil e que pouco mais de um milhão desses imunizantes já chegaram ao país. Segundo o consórcio, as vacinas desembarcaram no Brasil em 21 de março.
Os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização são, por exemplo, idosos residentes de instituições de longa permanência, população indígena e trabalhadores da área de saúde. De acordo com o documento, atualizado pela última vez em 15 de março, a meta é vacinar pelo menos 90% das pessoas nos grupos indicados.
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Vacinação no país continua lenta
O Brasil aparece bastante atrás do resto do mundo na vacinação contra Covid-19, segundo dados do jornal americano The New York Times em parceria com a base de dados Our World in Data.
Apesar de o país aparecer em 5º lugar em número doses aplicadas, apenas 11,72% da população brasileira recebeu ao menos uma dose da vacina. Em termos proporcionais à população, a posição do país cai para 56º. 4,3% da população está completamente vacinada.
Israel segue como líder mundial na vacinação contra Covid-19, com 57,75% dos seus cidadãos completamente vacinados.
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