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SÃO PAULO – A vacina contra Covid-19 desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech consegue neutralizar as variantes do coronavírus B.1.1.7 (originada no Reino Unido), B.1.351 (África do Sul) e P.1 (Manaus, Brasil).
É o que diz um artigo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine. Pesquisadores da Universidade do Texas (Estados Unidos) assinam o estudo, junto dos dois laboratórios.
A pesquisa utilizou um vírus isolado de Covid-19 e produziu três recombinações, cada uma com uma das variantes citadas.
Os cientistas então testaram a neutralização usando 20 amostras de anticorpos obtidos do sangue de 15 participantes que já tinham recebido a primeira dose da vacina, e três semanas depois receberam a segunda dose.
Todas essas amostras neutralizaram com eficiência as três variantes, incluindo a P.1.
O estudo alerta, porém, que mais mutações também podem alterar a forma de neutralização necessária.
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Outras duas vacinas contra Covid-19 também se mostraram eficazes para conter a variante brasileira do novo coronavírus: a AstraZeneca/Oxford e a CoronaVac. Os dois estudos ainda são preliminares, porém.
Entenda a P.1, variante brasileira do novo coronavírus
A P.1 surgiu no início de 2021. Além de Manaus, a nova cepa já foi registrada em Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Pará e Paraíba.
O maior temor dos médicos é que a variante brasileira possa saturar o sistema de saúde de muitos estados e municípios. Isso porque duas mutações dentro da P.1 estão ligadas a maior transmissibilidade e a maior resistência do vírus.
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Apesar dessa maior taxa de transmissão, estudos ainda não determinaram que a variante brasileira possa ter um grau maior de mortalidade direta.
Mas, como a nova cepa é mais infecciosa, ela tende a ser mais letal pelo número de pessoas infectadas e consequentes óbitos.
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Vacina da Pfizer no Brasil
A vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech está sendo aplicada nos Estados Unidos e no Reino Unido desde dezembro, além de ser o imunizante mais usado em Israel.
Uma pesquisa feita no país do Oriente Médio mostrou uma eficácia de 94% para a prevenção de contágio pelo novo coronavírus.
A vacina é a única no Brasil com registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não foi aplicada pelo Programa Nacional de Imunização.
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A Pfizer deve entregar 14 milhões de doses ao Brasil até junho de 2021. As informações foram dadas pelo assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto, na última segunda-feira (8).
O anúncio foi feito após videoconferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com representantes da companhia farmacêutica.
O ministro Paulo Guedes (Economia) também conversou com os jornalistas no Palácio do Planalto e disse que o Brasil obteve “praticamente uma declaração de que o acordo está fechado” com a Pfizer. O contrato, porém, ainda não foi assinado.
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