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SÃO PAULO – Após cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, para 4,5%, o Banco Central manteve aberta a possibilidade para mais uma redução na taxa básica de juros na primeira reunião de 2020, segundo analistas, que apontam também que nada foi definido.
Segundo a equipe da Rosenberg Associados, as projeções feitas pelo BC sobre a inflação mostram um quadro bastante confortável para o indicador, com o dado ficando abaixo da meta em todas as projeções. “Nesse aspecto, confirma-se a perspectiva de mais um corte de 0,25 p.p. para a próxima reunião, no início de fevereiro”, avaliam os economistas.
Por outro lado, eles destacam a mudança na comunicação, que ressaltou a cautela na condução da política monetária.
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“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, disse o BC em comunicado.
Para os analistas da LCA Consultores, esta mudança no comunicado indica que o Copom não se compromete a estender ou a interromper o ciclo de flexibilização, deixando em aberto a decisão da próxima reunião.
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Apesar disso, eles colocam como cenário base mais um corte de 0,25 p.p. no ano que vem. “Mas as chances de que o ciclo de redução da Selic tenha sido encerrado não são desprezíveis”, alertam.
Já os economistas do Morgan Stanley destacaram o trecho do comunicado em que o Copom diz que a economia está mostrando sinais de recuperação e “ganhou força em relação ao primeiro trimestre de 2019”.
Além disso, eles apontam para as revisões das projeções de inflação, que agora estão em 4,0% para 2019, 3,5% para 2020 e 3,4% para 2021. “Todos os números estão abaixo da meta de inflação, portanto, o Banco Central deve permanecer confortável com um corte adicional na próxima reunião, o que está de acordo com a nossa expectativa”, avalia o Morgan.
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