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GONÇALVES (MG) – A alta dos preços de alimentos tem forçado o brasileiro a fazer malabarismos entre uma refeição e outra. Tem sido cada vez comum reduzir o consumo de alguns itens ou trocar por outros menos onerosos.
Esse cenário foi radiografado em pesquisa do Instituto Datafolha, publicada no jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (20).
Na pesquisa, realizada entre os dias 13 e 15 deste mês, 85% dos brasileiros disseram ter reduzido o consumo de alimentos como carne de boi, refrigerantes, sucos e laticínios.
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No lugar da carne, o ovo tem sido muito utilizado como fonte principal de proteína, sobretudo, na mesa das famílias mais impactadas pela perda de renda causada pelo aumento do desemprego na pandemia de Covid-19.
Segundo o levantamento, 67% dos entrevistados diminuíram o consumo de carne vermelha; 51% o de refrigerantes e sucos; e 46% o de leite, queijo e iogurte.
A pesquisa também mostra que o uso de pão francês, pão de forma e outros pães apresentam redução de até 41%.
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Arroz e feijão, dupla que é símbolo da refeição dos brasileiros, também sofreu impactos, com redução de consumo de 34% e 36%, respectivamente. O macarrão teve uma queda ainda maior –de 38%.
O ovo, item que vem sendo a proteína do dia a dia, registra dois fenômenos em paralelo: 50% das pessoas entrevistadas pelo Datafolha aumentaram o consumo do produto e outras 20% reduziram.
Isso é um indicativo, segundo a pesquisa, da substituição de itens da cesta básica.
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De acordo com o Datafolha, não houve grande diferença entre o percentual de pessoas com redução no consumo de itens alimentícios por idade ou escolaridade –todos com percentual em torno de 85%, em média.
Por faixa de renda, os percentuais são elevados mesmo nas famílias com renda superior a dez salários mínimos: 67% disseram ter cortado algum desses produtos. Na parte inferior da pirâmide social, composta por pessoas que recebem até dois salários, o percentual alcança 88%.
Entre as regiões do país, o percentual atinge 75%, no Sul; e 89%, no Nordeste.
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As diferenças também se impõe entre homens (82%) e mulheres (87%); pretos (91%) e brancos (82%); e entre pessoas que avaliam o governo Bolsonaro (sem partido) como bom (73%) e ruim (89%).
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