Confiança na desaceleração da inflação será refletida na reunião do BCE, diz Lagarde

A inflação na zona do euro caiu abaixo da meta de 2% do BCE pela primeira vez desde meados de 2021 neste mês, segundo uma série de dados nacionais

Reuters

A presidente do BCE, Christine Lagarde - 12/09/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)
A presidente do BCE, Christine Lagarde - 12/09/2024 (Foto: Jana Rodenbusch/Reuters)

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FRANKFURT (Reuters) – O Banco Central Europeu está cada vez mais confiante de que a inflação da zona do euro retornará à meta de 2% e isso deve se refletir na decisão do banco em sua próxima reunião de política monetária em outubro, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, nesta segunda-feira (30).

O BCE começou a reduzir os juros em junho e realizou um segundo corte neste mês, mas Lagarde deu poucos sinais na ocasião sobre o próximo passo do banco, deixando os mercados na dúvida.

Seus comentários desta segunda-feira reforçarão as apostas já abundantes em um novo corte em outubro, dada a rápida deterioração das perspectivas de crescimento na região e a queda dos custos de energia.

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“Os últimos acontecimentos reforçam nossa confiança de que a inflação retornará à meta em tempo hábil”, disse Lagarde em uma sessão do Parlamento Europeu, em Bruxelas. “Levaremos isso em conta em nossa próxima reunião de política monetária em outubro.”

A inflação na zona do euro caiu abaixo da meta de 2% do BCE pela primeira vez desde meados de 2021 neste mês, segundo uma série de dados nacionais.

Isso, junto de fracos indicadores de crescimento, aumentou as apostas em um corte de 25 pontos-base na taxa de juros em outubro, e os mercados agora veem 75% de chance de tal movimento, acima dos 25% vistos no início da semana passada.

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Lagarde também reconheceu a recente série de leituras ruins de crescimento.

“Olhando para o futuro, o nível suprimido de alguns indicadores de pesquisa sugere que a recuperação está enfrentando ventos contrários”, disse ela em uma audiência regular do Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários.

Ainda assim, ela repetiu mensagem usual do banco de que a recuperação deve se fortalecer e que o aumento da renda real deve permitir que as famílias consumam mais.

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Ela acrescentou que o mercado de trabalho, fonte de algumas pressões de preços por meio do rápido crescimento dos salários, continua resistente, mesmo que o crescimento dos salários esteja moderando e os lucros das empresas estejam absorvendo alguns aumentos salariais.