Confiança empresarial recua em setembro após seis meses de alta, diz FGV

Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,8 ponto em setembro, para 96,9 pontos; indicador de situação atual caiu 0,5 ponto e índice de expectativas encolheu 1 ponto no mês

Roberto de Lira

Funcionário trabalha em forno da Usiminas em Ipatinga, Minas Gerais (Foto: Alexandre Mota/Reuters)
Funcionário trabalha em forno da Usiminas em Ipatinga, Minas Gerais (Foto: Alexandre Mota/Reuters)

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Após seis altas consecutivas, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,8 ponto em setembro, para 96,9 pontos, informou nesta terça-feira (1) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,2 ponto.

Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV/Ibre, comentou em nota que o movimento do mês mostra elementos de acomodação e cautela nas expectativas. “A acomodação está ligada ao nível moderado de atividade econômica, e manifesta-se nas sondagens pela piora da percepção sobre a demanda”, explicou.

Já sobre o enfraquecimento das expectativas para a situação dos negócios nos próximos seis meses, Campelo disse que isso pode estar relacionado à elevação da taxa básica de juros (Selic) em setembro, para 10,75%, após ter permanecido estável em 10,50% desde o início de maio.

O recuo do ICE em setembro refletiu quedas em seus dois índices-componentes. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) caiu 1,0 ponto, para 96,0 pontos. Os indicadores que medem as expectativas com relação à tendência dos negócios (seis meses à frente) e à demanda (três meses) recuaram 0,6 e 1,4 ponto, respectivamente, para 98,7 e 93,3 pontos.

O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E), por sua vez, recuou 0,5 ponto no mês após dois meses em alta, atingindo 97,9 pontos. Entre seus componentes, o que mede a percepção sobre a demanda corrente recuou 0,9 ponto, para 97,7 pontos, enquanto o que mede a situação atual dos negócios manteve-se estável em 98,2 pontos.