Confiança do consumidor se recupera e sobe para 91,1 pontos em junho, diz FGV

Índice de Expectativas (IE) avançou 2,6 pontos no mês, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1,0 ponto, para 81,6 pontos, o mais alto desde novembro

Roberto de Lira

Consumidoras em shopping de Brasília - 29/11/2023 (Foto: Adriano Machado/Reuters)
Consumidoras em shopping de Brasília - 29/11/2023 (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Publicidade

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,9 ponto em junho, para 91,1 pontos, após uma queda expressiva no mês anterior, informou nesta segunda-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice ficou estável em 91,2 pontos.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, comentou em nota que a confiança voltou a subir influenciada tanto pela melhora da percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas para os próximos meses. “Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelas faixas de renda mais baixas”, destacou.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Continua depois da publicidade

Para ela, a estabilidade no índice trimestral reflete a dificuldade em alcançar níveis mais satisfatórios de confiança e parece estar vinculada às limitações financeiras das famílias e às taxas de juros elevadas, evidenciada pelos indicadores de situação financeira atual e de intenção de compra de duráveis.

Em junho, o Índice de Expectativas (IE) avançou 2,6 pontos, para 98,1 pontos, recuperando parte da queda do mês anterior. No mesmo sentido, o Índice da Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1,0 ponto, para 81,6 pontos, maior nível desde novembro de 2023 – quando atingiu 82,0 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis foi o que apresentou a maior contribuição para a alta da confiança no mês ao avançar 5,2 pontos, para 84,0 pontos, após queda mais expressiva no mês anterior.

Continua depois da publicidade

A alta também foi observada nos indicadores que medem as perspectivas para a situação futura da economia e para as finanças futuras das família, que avançaram 2,0 e 0,3 pontos, para 110,3 e 100,4 pontos, respectivamente. No entanto, ambos também não recuperaram a queda registrada em maio.

A melhora nas avaliações sobre o momento foi observada na percepção sobre as finanças pessoais das famílias, no qual o indicador avançou 2,2 pontos, para 71,5 pontos, maior nível desde novembro de 2023 (73,6 pontos).

No sentido contrário, apenas o indicador que mede a percepção sobre a economia local variou negativamente, em 0,3 ponto, para 92,0 pontos.