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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) IBRE subiu 0,2 ponto em setembro, para 97,0 pontos, desacelerando o ritmo de alta iniciado em maio deste ano, informou nesta segunda-feira (25) a FGV/Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,6 ponto, a sexta alta consecutiva, para 96,2 pontos.
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, a confiança dos consumidores continou a melhorar em setembro, apesar do menor ritmo se comparado às fortes altas anteriores.
Com o resultado, o indicador se mantém em nível semelhante ao registrado no início de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano, e foi influenciado pela calibragem das expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual continuou a evoluir positivamente.
“Esse quadro é heterogêneo nas faixas de renda, com melhora dos indicadores nos dois horizontes de tempo nas faixas de renda mais baixa e piora das expectativas futuras das famílias com renda mais alta. No mês, o movimento é reflexo da continuidade de fatores positivos na economia, concomitante a um cenário desafiador ao consumidor com juros, nível de endividamento e inadimplência elevados. Para os próximos meses, a confiança do consumidor pode voltar a neutralidade dos 100 pontos, caso a tendência atual continue”, afirma em nota.
Em setembro, a acomodação da confiança foi influenciada pela combinação entre melhora da percepção em relação à situação atual e calibragem na tendência de alta das expectativas para o futuro.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, para 83,2 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014 (86,7 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 106,7 pontos, após crescer 10 pontos de maio a agosto.
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Nas avaliações sobre o cenário atual, o indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica local atingiu o maior nível desde julho de 2014 (95,1 pontos) ao subir 1,3 ponto, para 92,2 pontos, em sua oitava alta consecutiva.
O indicador que mede as avaliações sobre as finanças familiares também registrou variação positiva, de 2,3 pontos, para 74,6 pontos mantendo-se no melhor resultado desde o período pré pandemia (76,6 pontos em fevereiro de 2020).
Entre os indicadores que avaliam as expectativas dos consumidores para os próximos meses, o indicador que mede o ímpeto de compras de bens duráveis manteve-se relativamente estável ao subir 0,9 ponto, para 99,5 pontos, e acumula quase 20 pontos desde junho.
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No mesmo sentido, o indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica local subiu 1,5 ponto, para 117,2 pontos, após queda em agosto. Apenas o indicador que mede as perspectivas para as finanças familiares recuou no mês, em 5,2 pontos, para 102,4 pontos, devolvendo parte da alta acumulada nos dois últimos meses.
A análise por faixas de renda mostra resultados heterogêneos com aumento da confiança dos consumidores das faixas mais baixas (com renda até R$ 2,1 mil e entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil), influenciados principalmente pela melhora na percepção sobre a situação atual, e queda da confiança das faixas mais altas (entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil e acima de R$ 9,6 mil).