Confiança do comércio cai pelo segundo mês seguido em junho, diz FGV

Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,2 ponto em junho, para 90,3 pontos; tanto a percepção da situação atual como as expectativas recuaram no mês

Roberto de Lira

Pessoas caminham em rua comercial no Rio de Janeiro
(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
Pessoas caminham em rua comercial no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,2 ponto em junho, para 90,3 pontos e acumulou assim sua segunda queda consecutiva, informou nesta quinta-feira (27) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,1 ponto, para 92,4 pontos, após seis altas consecutivas.

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A queda da confiança em junho foi concentrada em dois dos seis principais segmentos do setor.

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O Índice de Expectativas (IE-COM) recuou em 1,6 ponto, para 91,4 pontos, após três meses em alta, segundo a FGV. Ambos os quesitos que compõem o IE-COM variaram negativamente no mês: o indicador sobre as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu pelo segundo mês consecutivo em 0,5 ponto, para 91,5 pontos, e o que avalia as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou em 2,6 pontos, para 91,6 pontos, após três altas consecutivas.

Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,9 ponto, para 89,7 pontos, também com resultados negativos em ambos os indicadores que o compõem: o que avalia o volume de demanda atual caiu 1,3 ponto, para 89,5 pontos, menor nível desde janeiro deste ano (88,7 pontos), e as avaliações sobre a situação atual dos negócios variaram negativamente em 0,6 ponto, para 90,0 pontos.

Geórgia Veloso, economista do FGV/Ibre, comentou em nota que, apesar do pessimismo captado pela pesquisa, houve redução nas reclamações sobre o volume de demanda atual, que no mês anterior foram mais expressivas e disseminadas enquanto em junho apenas três segmentos se mantiveram pessimistas no indicador.

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“O desastre ambiental no Rio Grande do Sul segue influenciando as percepções das empresas, que apontam, acima do padrão histórico, os ‘fatores climáticos’ como limitação à melhoria dos negócios da empresa. O cenário das expectativas reforça a incerteza sobre a retomada do setor, que ainda enfrenta desafios significativos devido aos elevados níveis de endividamento e de taxas de juros”, explicou.