Confiança da indústria sobe 2,4 pontos em março, para 94,4 pontos, diz FGV/Ibre

Nível de confiança avançou em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados; uso de capacidade instalada subiu após oito meses

Roberto de Lira

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,4 pontos em março, para 94,4 pontos, atingindo assim o maior nível desde outubro de 2022 (95,7 pontos), informou nesta quarta-feira o FGV/Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,4 ponto, para 93,2 pontos. Esse é o primeiro resultado positivo em seis meses – após cinco meses de queda e um de estabilidade.

Em março, o nível de confiança avançou em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. Segundo FGV/Ibre, o resultado reflete maior otimismo nas perspectivas em relação aos próximos meses, apesar da piora da percepção sobre a situação atual.

O Índice Situação Atual (ISA) recuou 1,3 ponto, para 91,5 pontos, menor nível desde junho de 2020 (89,1 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 6,1 pontos para 97,5 pontos, maior nível desde setembro de 2022 (98,0 pontos).

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Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV/, a pesquisa captou que há uma perspectiva mais favorável para a produção e novas contratações, que parece mirar um horizonte melhor da tendência dos negócios nos próximos seis meses.

“Contudo, os empresários ainda percebem dificuldades, enfrentando os problemas no escoamento dos estoques, fruto do nível baixo de atividade no momento. Apesar da sinalização positiva, é necessário cautela considerando o cenário ainda de alta incerteza econômica”, ponderou, em nota

Situação atual

Entre os quesitos que integram o ISA, o indicador que mede o nível de estoques foi o que mais influenciou negativamente ao recuar 2,7pontos, para 109,3 pontos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).

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Em menor proporção, a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o nível de demanda recuaram 0,8 ponto para 92,1 pontos, e 0,3 ponto para 92,5 pontos, respectivamente.

Expectativas

Em relação as perspectivas futuras, os empresários projetam otimismo sobre as contratações: o indicador que mede o emprego previsto para os próximos três meses avançou 7,0 pontos, para 101,8, retornando ao patamar observado em outubro de 2022.

No mesmo horizonte de tempo, a produção prevista avançou 5,9 pontos, para 96,4 pontos, o melhor resultado desde junho de 2022 (102,9 pontos).

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No horizonte mais longo, de seis meses, houve melhora da tendência dos negócios, com alta de 4,8 pontos no indicador alcançando 94,2 pontos, o melhor resultado desde setembro de 2022 (98,5 pontos). Apesar da alta, o indicador se mantém abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2021 (102,7 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria subiu 0,3 ponto percentual, para 79,0%, após recuar por oito meses consecutivos.

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