“Em setembro, a confiança da indústria recuou influenciada por uma percepção dos empresários de queda na demanda por produtos industriais de todas as categorias de uso, exceto nos produtos de consumo de bens não duráveis”, comentou Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre.
Segundo ele, esse resultado afeta negativamente a avaliação sobre a situação atual dos negócios, apesar de uma tirar pressão nos custos com a redução dos preços do petróleo e da energia.
Entre os quesitos que integram o ISA, a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios piorou e foi o que mais influenciou negativamente o resultado no mês ao cair 4,1 pontos para 97,6 pontos, menor nível desde março (91,9 pontos).
Demanda
Isso pode estra relacionado a uma percepção de queda na demanda. O indicador que mede nível de demanda recuou 1,7 ponto para 101,5 pontos. Já o indicador sobre o nível dos estoques se manteve estável ao variar 0,3 ponto e se mantém com resultado favorável, abaixo de 100 pontos.
Entre as expectativas, a produção nos próximos três meses mantém trajetória negativa pelo terceiro mês consecutivo com queda de 1,0 ponto em setembro para 91,1 pontos, menor patamar desde março (90,3 pontos).
Para os próximos seis meses, o indicador que mede a tendência dos negócios se recuperou pelo segundo mês consecutivo: 1,7 ponto em setembro, para 98,5 pontos, se aproximando dos patamares observados no último trimestre de 2021.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria caiu 1,4 ponto, retornando ao patamar observado em maio de 2022 de 80,8%.