Confiança da construção volta a acrescer em agosto, diz FGV

O resultado do indicador de agosto foi influenciado exclusivamente pela melhora da percepção sobre o momento atual, enquanto a avaliação sobre as expectativas nos próximos meses piorou

Roberto de Lira

Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

Publicidade

O Índice de Confiança da Construção (ICST) ficou relativamente estável, ao variar 0,2 ponto em agosto, para 97,5 pontos, chegando assim ao quatro mês seguido sem queda, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta terça-feira. Na média móvel trimestral, o índice avançou 0,4 ponto.

O resultado do indicador de agosto foi influenciado exclusivamente pela melhora da percepção sobre o momento atual, enquanto a avaliação sobre as expectativas nos próximos meses piorou. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,5 ponto, alcançando 97,0 pontos. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,3 ponto, para 98,0 pontos.

Para Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre, a atividade no setor segue aquecida, gerando escassez de trabalhadores qualificados. “Essa é principal limitação ao crescimento do setor no cenário atual”, comentou.

Quanto você precisa para viver de Dividendos?

Participe do treinamento gratuito Manual dos Dividendos e descubra a estratégia simples e poderosa para viver de renda.

Sobre o novo revés nas expectativas, Ana Maria disse que as oscilações do indicador desde o início do ano provavelmente são reflexo das pautas que predominam o cenário macroeconômico, como a possibilidade de elevação de juros.

“Mas os fundamentos setoriais continuam positivos e, apesar da queda na margem, a maioria das empresas sinaliza que a demanda prevista para os próximos meses aumentará e os negócios irão melhorar,” observou.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da construção aumentou 0,5 ponto percentual no mês (p.p.), chegando aos 80,0%. Os NUCI de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos também aumentaram 0,6 e 0,5 p.p, para 81,4% e 74,6%, respectivamente.