Confiança da construção sobe ao maior nível desde fevereiro, diz FGV

O Índice de Situação Atual se manteve estável, ficando em 95,5 pontos; já o Índice de Expectativas (subiu 1,8 ponto e atingiu 99,3 pontos

Roberto de Lira

Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

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O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,9 ponto em julho, para 97,3 pontos, alcançando assim o maior nível desde fevereiro, quando atingiu 97,6 pontos, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na média móvel trimestral, o índice avançou 0,7 ponto.

A alta do  ICST em julho foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas nos próximos meses, enquanto a avaliação sobre o momento corrente ficou estável.

O Índice de Situação Atual (ISA-CST) se manteve estável, ficando em 95,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,8 ponto e atingiu 99,3 pontos.

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Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre, a interrupção da queda da taxa Selic não afetou a confiança setorial e o segundo semestre iniciou com a recuperação das expectativas empresariais em relação aos negócios e à demanda nos três segmentos setoriais – edificações, infraestrutura e serviços especializados.

“Vale notar que embora a avaliação referente à situação corrente tenha ficado estacionada em um patamar de pessimismo moderado, o indicador de evolução recente segue registrando o melhor resultado desde novembro de 2022. Assim, a sondagem sinaliza que o setor se mantém aquecido e as empresas estão confiantes na continuidade do ciclo de crescimento pelos próximos meses,” afirmou em nota.

Os componentes do índice de situação atual variaram em direções contrárias: o indicador de situação atual dos negócios avançou 1,0 ponto, para 95,2 pontos, enquanto o indicador de volume de carteira de contrato recuou 1,1 ponto e foi para 95,7 pontos.

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Entre os componentes do índice de expectativas, os dois indicadores subiram, sendo que o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 3,1 pontos, para 97,8 pontos, enquanto o indicador de demanda prevista nos próximos três meses aumentou 0,5 ponto, para 100,8 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção cedeu 0,6 ponto percentual (p.p.), para 79,5%. O NUCIS de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos retraíram 0,7 e 0,3 p.p, para 80,8% e 74,1%.