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SÃO PAULO – Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o estado de São Paulo registrou na última semana a menor taxa média de internações pela doença em 2021, informou nesta quarta-feira (21) o governo do estado de São Paulo.
Durante coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o governo também anunciou que 288 municípios, ou 44% do total no estado, não registraram novas mortes pela doença no período.
A constatação foi feita a partir de análise dos dados dos dias 14 e 21 de julho, que estão disponíveis para consulta pública no boletim oficial do governo do estado e foram registrados pelas 645 cidades paulistas no sistema oficial do Ministério da Saúde (Sivep).
Segundo Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde do estado, o movimento é reflexo do avanço do calendário de vacinação, com mais de metade da população do estado que já recebeu ao menos a primeira dose do imunizante contra a Covid.
Atualmente, a taxa de ocupação das unidades de tratamento intensivo (UTI) está em 60,2% no estado e em 55,65% na grande São Paulo.
Gorinchteyn destaca ainda que houve queda na ocupação das enfermarias para 6,4 mil leitos. No pico da pandemia, esse número ultrapassou os 13 mil, lembra.
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Regiane de Paula, coordenadora geral do programa estadual de imunização, destaca, contudo, que o número de faltosos da segunda dose no estado de São Paulo aumentou para cerca de 640 mil pessoas. Ela faz um apelo para que a população monitore a carteira de vacinação e compareça aos postos de saúde para completar o ciclo vacinal.
Grávidas e puérperas
Na coletiva, o governo também anunciou a liberação, a partir desta sexta-feira (23), da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca.
Segundo o vice-governador Rodrigo Garcia (MDB), apesar de terem tomado o imunizante da AstraZeneca, o público estará liberado para tomar a segunda dose apenas da vacina da Pfizer.
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A recomendação vai na contramão do anunciado pelo Ministério da Saúde, que vetou no começo do mês a intercambialidade de vacinas.
Rossana Pulcineli, presidente da SOGESP, destaca que ainda existem estudos iniciais sobre a combinação da AstraZeneca com a Pfizer e que foi observado que a imunidade é garantida, sem eventos adversos importantes.
“O público de gestantes sempre será um grupo em que a vacinação e medicamentos serão discutidos, dado que é um público vulnerável. Mas nesse momento, a mortalidade pela Covid é muito superior a qualquer risco teórico que poderia acontecer – dado que não há risco evidente”, disse.
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Segundo ela, não vacinar o público gestante vai contra o incentivo do estado de completar o ciclo vacinação da população, com as duas doses da vacina.
“Precisamos proteger essas quase nove mil gestantes que tiveram a oportunidade de tomar só a primeira dose. Estamos começando a ter a variante delta no país e no nosso estado, mesmo que ainda em um número pequeno. Mas já temos evidências de que uma única dose da vacina não protege contra essa variante”, afirmou.
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