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SÃO PAULO – A aposta unânime do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual na reunião desta quarta-feira (22), de 5,25% para 6,25% ao ano. Seria a quinta alta consecutiva, e a terceira de 1 ponto percentual.
É o que mostra levantamento feito pela equipe de fundos da XP com 32 gestores de estratégia multimercado macro ao longo de segunda (20) e terça-feira (21).
Com isso, a mediana das projeções para a taxa Selic ao fim do ano foi elevada de 7,50% para 8,25%, se comparado à pesquisa feita antes da última reunião do Copom, em agosto.
Houve ainda um ajuste para baixo nas expectativas dos gestores relacionadas ao desempenho da atividade econômica brasileira, com previsão de um menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para 5,10% este ano. Na pesquisa anterior, as apostas eram de expansão de 5,50% do PIB.
Na parte inflacionária, também houve piora nas estimativas medianas, com a projeção para a inflação medida pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 elevada de 7,00%, em agosto, para 8,40%, em setembro. Antes da primeira reunião do Copom do ano, em janeiro, a projeção mediana para o IPCA era de 3,50% para 2021.
Por fim, com relação ao câmbio, os gestores elevaram suas projeções e veem a moeda americana encerrando este ano cotada a R$ 5,20, acima dos R$ 5,00 do levantamento anterior.
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Alocação
A pesquisa deste mês mostrou ainda que o aumento das incertezas no ambiente doméstico levou a uma maior dispersão do posicionamento dos gestores nas diferentes classes de ativos.
No mercado de juros, as carteiras variam entre posicionamento importante a favor da alta dos juros futuros até o posicionamento importante a favor da queda. A maior fatia dos entrevistados (33%), contudo, está sem posições em juros ou com operações não direcionais.
No mercado de câmbio, a maior parte dos gestores (45%) não está posicionada em dólar nem no real. A segunda maior fatia (29%) dos entrevistados, por sua vez, tem aposta pequena a média na queda do dólar contra o real.
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Assim como na exposição ao mercado de juros, não há uma direção única das casas, com posicionamento variado, seja a favor ou contra a moeda local.
Por fim, no mercado de ações, há predominância de gestores com posições pequenas a médias compradas (com aposta na alta) na Bolsa local (via índice ou ações).
O destaque recai ainda sobre o aumento de gestores que dizem não estar mais posicionados, ou ainda, que possuem posições vendidas (aposta na queda) na Bolsa brasileira.
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Participaram do levantamento as gestoras: Absolute, Ace Capital, ARX, Asset 1, AZ Quest, Bahia Asset, Blue Line, Canvas, Claritas, Gap Asset, Garde, Gauss Capital, Genoa Capital, Greenbay Investimentos, Grimper Capital, Ibiuna, Itaú Asset, Kairós, Legacy, Macro Capital, Novus, Occam, Opportunity, Pacífico, Perservera, SulAmérica, Truxt, Ventor, Vinci Partners, Vinland, Vista Capital e XP Asset.
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