Clima econômico do Brasil no 3° trimestre sobe para o nível mais elevado desde 2012, aponta FGV

ICE do Brasil saltou 62,6 pontos, passando de 58,8 pontos no 2° trimestre para 121,4 pontos no 3° trimestre

Estadão Conteúdo

Publicidade

O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina cresceu 33,8 pontos na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2023, para o patamar de 99,6 pontos, aproximando-se assim da zona favorável (acima de 100 pontos), apontou o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).

O avanço foi turbinado pelo desempenho do Brasil, que alcançou o nível de clima econômico mais elevado desde 2012. “Os resultados do Brasil lideraram essa melhora, seguido pelo México”, justificou a FGV, em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 33,6 pontos na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre de 2023, para 85,7 pontos. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 33,9 pontos, para 114,2 pontos, recuperando parte das perdas sofridas no trimestre anterior, passando da zona de expectativas desfavoráveis para favoráveis.

LISTA GRATUITA

Ações Fora do Radar

Garanta seu acesso gratuito a lista mensal de ações que entregou retornos 5x superior ao Ibovespa

O ICE do Brasil saltou 62,6 pontos, passando de 58,8 pontos (zona desfavorável) no segundo trimestre para 121,4 pontos (zona favorável) no terceiro trimestre, maior patamar desde o quarto trimestre de 2012, quando estava em 125,3 pontos.

No ICE brasileiro, o ISA subiu 71,4 pontos, para 100,0 pontos, melhor resultado desde o segundo trimestre de 2012, quando estava em 116,1 pontos. O IE aumentou 51,5 pontos, para 144,4 pontos.

“A trajetória de queda na taxa de inflação, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, além das revisões na projeção do PIB seriam alguns dos fatores explicando esses resultados. A sondagem foi realizada antes da queda na taxa Selic pelo Banco Central, o que pode ser entendido como um outro fator positivo. Observa-se, porém, que ainda falta regulamentar as reformas e que o ICE poderá ser impactado pelos resultados obtidos ao final do processo, no 4º trimestre”, justificou a FGV.

Continua depois da publicidade

No México, o ICE subiu 33,0 pontos, para 118,7 pontos. O ISA cresceu 39,3 pontos, para 125,0 pontos, e o IE aumentou 26,8 pontos, para 112,5 pontos.

“No México, assim como no Brasil, a queda no preço das commodities levou à queda na taxa de inflação junto com a valorização da moeda mexicana. Em adição, deslocamentos nos fluxos de investimento direto dos Estados Unidos e da China para o México são apontados por diversos analistas como um fator positivo”, explicou a FGV.

No terceiro trimestre, o Paraguai tem o maior nível de ICE, aos 172,7 pontos, seguido por Brasil e México.

Continua depois da publicidade

“Brasil, em especial, e México como as maiores economias da região explicam a melhora dos indicadores da Sondagem da América Latina. No entanto, o cenário geral é de melhora. Exceto o Uruguai, todos os países analisados registraram melhora no ICE. Na zona favorável, constam Paraguai, Uruguai, Brasil e México”, apontou o texto.