China aperta cerco ao shadow banking, em esforço para conter problemas financeiros

A polícia de Pequim disse, no fim de semana, que tomou "medidas coercitivas criminais" contra vários funcionários da Zhongzhi Enterprise

Estadão Conteúdo

Estátua de Mao e bandeira da China 
 (Foto: Getty Images)
Estátua de Mao e bandeira da China (Foto: Getty Images)

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As autoridades da China estão tomando medidas mais vigorosas para conter os crescentes problemas financeiros dos maiores credores que compõem o sistema bancário paralelo, ou shadow banking, do país. A polícia de Pequim disse, no fim de semana, que tomou “medidas coercitivas criminais” – um eufemismo para “prisões” – contra vários funcionários da Zhongzhi Enterprise.

O conglomerado opera várias empresas que vendem produtos de investimento a pessoas e companhias ricas na China, e por meses enfrentou dificuldades para efetuar os pagamentos prometidos aos investidores.

A investigação da polícia é uma escalada da resposta da China aos problemas da Zhongzhi, que na semana passada informou que era insolvente e tinha pelo menos US$ 31 bilhões a mais em passivos que de ativos.

Zhongzhi disse que era altamente dependente da tomada de decisões de Xie Zhikun, seu fundador e maior acionista, que morreu em dezembro de 2021.

Durante o verão, o Zhongrong International Trust, que faz parte do grupo, deixou de pagar rendimentos de seus produtos, alimentando medos de contágio da turbulência no setor imobiliário chinês. Em setembro, duas grandes estatais entraram para prestar assistência a Zhongrong. Fonte: Dow Jones Newswires.