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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ao reforçar que a pressão faz parte do cotidiano de um presidente da autarquia, frisou nesta quinta-feira, 29, que tem uma dimensão positiva desta pressão, porque é nela que se aprende também. “Mas o importante é a gente entender que a institucionalidade está melhorando, a gente precisa é tirar o Banco Central dessa polarização”, afirmou.
“Eu sempre digo que eu espero que o nosso sucessor não seja julgado nem pela camisa, nem pelo jantar, nem pelo evento que participou, e sim pelas decisões técnicas que tomou”, acrescentou Campos Neto, ao se referir a criticas que recebeu por ter votado com a camisa da Seleção Brasileira, associada a seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e por ter ido a jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes.
Mas, de acordo com ele, o governo vai ser mais colaborativo, o que fará com que Galípolo atravesse outro mandato, que pode ser do mesmo governo ou não.
“Então é importante entender que isso faz parte da história do BC daqui pra frente, de conviver com, em alguns casos, com um executivo que não foi aquele que o indicou”, disse também o presidente do BC, ao participar de evento organizado pela CNN Brasil, em São Paulo.
De acordo com Campos Neto, com o amadurecimento institucional, ao longo do tempo o presidente do Banco Central vai ser menos conhecido. “Espero que seja menos conhecido e menos falado”, acrescentou.
Voltando a falar da agenda de tecnologia do BC, Campos Neto disse que a parte da inovação, da engenharia de tecnologia, afeta muito a vida das pessoas no dia a dia, como o PIX, o Open Finance e novidades que ainda virão. “Eu acho que isso, sim, levou o Banco Central para mais próximo da sociedade. A sociedade hoje olha o PIX, olha as coisas que acontecem, e entende que o Banco Central fez um trabalho que melhorou a vida das pessoas”, disse.