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O chamado “voto de Minerva” do presidente do Banco Central, que desempatou a votação do Comitê de Política Monetário (Copom), não aconteceu na última reunião do colegiado, em agosto, mas no encontro anterior, em junho, afirmou Roberto Campos Neto, durante a 24ª conferência anual do Santander Brasil.
A responder um pergunta sobre a surpresa de parte do mercado com seu com o seu voto pelo corte de 50 pontos-base na Selic – a votação acabou em 5 a 4 entre os nove participantes – o presidente do BC revelou que havia também uma divisão na reunião de junho
Segundo Campos Neto, naquela reunião, havia dois grupos distintos dentro do Comitê, um querendo manter a porta fechada na comunicação para possíveis cortes de juros à frente e outro que desejava manter essa porta aberta. “Nesse momento, teve um debate de como comunicar e estava bem dividido”, lembrou.
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O presidente do BC ficou no lado dos que queriam deixar a possibilidade em aberto, alegando que haveria a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nos dias seguintes e que uma possível manutenção da meta de inflação seria benigna para as expectativas. “Eu tinha um grau de convicção de que subir a meta não dava grau de credibilidade e que, mantendo a meta em 3%, a expectativa de inflação ia cair”, afirmou. De fato, após a manutenção da meta, a expectativa de inflação recuou para 3,5% e a dinâmica melhorou, completou.
Assim, conforme a explicação de Campos Neto, no último Copom (entre 1º e 2 de agosto), quem tinha optado no encontro anterior por deixar porta fechada passou a votar em 0,25 p.p. de corte. E quem votou pela porta aberta entendeu que ritmo de 0,50 p.p. era o mais apropriado para o ajuste.
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