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É comum ouvir falar de iniciativas de doação próximo das comemorações do Natal. Tomadas pelo espírito da época, e abastecidas com o décimo terceiro, as pessoas se sentem mais inclinadas a contribuir para as festas de quem não tem condições de celebrar. São essas as histórias que compõem o episódio 47 do podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa, produzido pelo Instituto MOL com apoio de Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, e divulgação do Infomoney.
Uma das iniciativas mais conhecidas no país é a campanha Papai Noel dos Correios, que existe há mais de três décadas. Qualquer pessoa pode adotar uma cartinha de uma criança, enviada ao Papai Noel, e realizar seus desejos de presente. Os Correios se encarregam da logística, gratuitamente.
Daniela Castro, coordenadora nacional da campanha desde 2017, contou sobre a origem da iniciativa. “A campanha nasceu da iniciativa dos empregados dos Correios, que durante a rotina do seu trabalho recebiam as cartinhas de crianças que eram destinadas ao Papai Noel dos Correios e não tinham endereço. Esses colegas, sensibilizados, resolveram adotar essas cartinhas e enviar os primeiros presentes. E aí, com o passar do tempo, a ação foi ganhando maior proporção dentro da empresa e acabou se tornando um projeto corporativo”, disse.
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Desde 2020, é possível adotar cartas online e entregar os presentes nos pontos de coleta. “O Papai Noel dos Correios se tornou 100% digital, trazendo mais comodidade para as crianças e para os padrinhos, que podem fazer a adoção de onde quiser, da sua casa, de seu trabalho”, explica Daniela.
Outras iniciativas pelo país buscam trazer mais alegria às crianças durante o Natal — muitas vezes incorporando literalmente a figura do Papai Noel. É o que faz o gari Roberto Martins, voluntário e vice-presidente da ONG Amigos do Reino, da cidade de Butiá (RS). Ele, que também convive com dificuldades financeiras e sociais, ajudou a criar a organização que oferece apoio a famílias de comunidades carentes, se tornando um verdadeiro Papai Noel e distribuindo presentes para as crianças.
“Eu sendo gari, passando, rodando os bairros da cidade, vendo as dificuldades das crianças. Isso me mobilizou. Eu vendo as dificuldades das crianças, eu vi que tinha que fazer alguma coisa, porque elas não podiam passar por aquilo que eu já passei. Eu comecei ajudando uma família, hoje já são mais de 170 famílias”, disse ao podcast.
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Há quem olhe também para as crianças que não possuem família neste período. A Apega (Associação Pernambucana de Grupos de Apoio à Adoção) organiza desde o ano passado uma campanha voltada para crianças e adolescentes em acolhimento, tanto recolhendo doações quanto incentivando a adoção. Charles Leite, presidente da instituição, conta que o objetivo é aproveitar o momento de maior sensibilidade na sociedade e melhorar as condições de vida dos jovens, trazendo alegria e visibilidade. “A gente já percebeu que muitos apadrinhamentos e até mesmo adoções foram resultado dessas ações que a gente construiu a partir do Natal”, disse.
Mas não são só as crianças que precisam de ajuda nesta época do ano. A ONG Patinhas Carentes, de Vitória (ES), promove uma campanha de Natal Animal, na qual é possível apadrinhar cãezinhos e gatinhos e doar um kit com itens que atendem às suas necessidades. “Muitas vezes a pessoa quer tomar uma iniciativa para ajudar em alguma coisa, mas não sabe por onde começar, e a campanha de Natal tem essa função de direcionar a forma como a pessoa pode estar participando. Então a gente vê o interesse e a vontade de ajudar também pelo fato delas conhecerem o animal que elas estão ajudando”, conclui a psicóloga Helena Medeiros, voluntária da ONG.
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