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SÃO PAULO – Utilizar o esporte como força de transformação social. Incentivar projetos que promovam a atividade física, a cultura e a educação. Esses foram alguns dos assuntos discutidos no 32° episódio do podcast Aqui Se Faz, Aqui Se Doa.
O mercado financeiro está cada vez mais atento aos debates sobre impacto social — vide toda a discussão sobre metas ESG —, e o trabalho realizado pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser é um exemplo de ação que pode fazer diferença na vida de muitas pessoas.
Os números animam. O Instituto Esporte & Educação, fundado e presidido pela ex-atleta, destaca em seu site que cerca de 6 milhões de crianças e jovens foram atendidos desde a criação da entidade, em 2001. Além disso, mais de 50 mil professores foram capacitados.
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A organização busca implementar a metodologia do esporte educacional em comunidades mais pobres, colocando como finalidade formar um cidadão crítico, criativo e protagonista.
Ana Moser foi uma das principais jogadoras de vôlei de sua geração e mostrava liderança dentro de quadra. Em 1996, fez parte da seleção brasileira que conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta: a primeira medalha do Brasil em um torneio feminino olímpico.
Depois de encerrar a carreira, virou empreendedora social de sucesso. Foi sócia-fundadora do Todos pela Educação, da Atletas pelo Brasil e da Rems (Rede de Esporte pela Mudança Social).
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Na entrevista ao Aqui Se Faz, Aqui Se Doa — podcast produzido pelo Instituto MOL e pelo Movimento Bem Maior, com o apoio do InfoMoney —, ela falou um pouco da sua trajetória e de sua atuação (ouça aqui o podcast).
“Para mim, foi uma questão de lógica. Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém. Dentro do que eu conheço, que é o esporte, fui buscando maneiras estratégicas e inteligentes de agir. Tem dado certo. São 20 anos do Instituto”, declarou Ana Moser no programa.
Neste momento da pandemia da Covid-19, ela enfatizou que o Brasil ainda precisa suprir as necessidades básicas das pessoas, como comida e vacina. A ex-jogadora de vôlei viu como admirável a movimentação dos brasileiros para doar nesse período, mas espera que essa mobilização não tenha sido específica.
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“Não queremos ficar em emergência, precisando doar comida. A gente quer que todo mundo tenha acesso às necessidades básicas e muito mais. Acho que teve um despertar, mas acho que precisa qualificar muito mais essa mobilização. Qualificar no sentido de participação, de ver a relevância de outras questões que faltam.”
O podcast também conversou com o professor Wellington Reis, que participou do Empresto Minhas Pernas, um projeto em que voluntários empurram cadeirantes em corridas de rua e caminhadas, promovendo a inclusão deles nesses eventos. Wellington é educador físico e ajudou a preparar os voluntários para as corridas.
“A relação entre esporte e solidariedade ou doação é direta porque quando você pode ajudar com o conhecimento ou com as suas próprias pernas alguém que quer participar de uma corrida ou caminhada, você está sendo solidário, se colocando no lugar dela. O esporte tem isso de incluir”, disse.
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