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O Brasil não é a favor da vacinação como forma de controlar a gripe aviária porque uma campanha de imunização inevitavelmente levará a barreiras comerciais, disse um diretor do Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (22).
Maior exportador mundial de aves, o Brasil confirmou cinco casos de influenza aviária altamente patogênica (HPAI), comumente chamada de gripe aviária, em aves selvagens, incluindo um em São João da Barra, no Rio de Janeiro, mas não em granjas comerciais.
“Atualmente, o Brasil está livre de HPAI. Se nosso status epidemiológico mudar e eventualmente decidirmos vacinar… temos um forte sentimento de que seremos submetidos a algumas barreiras comerciais”, disse Eduardo Cunha, representante do país em reunião da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) em Paris e diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária.
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Quase 10 bilhões de dólares em exportações de frango estarão em risco se a gripe aviária infectar granjas comerciais no Brasil, que assumiu um papel crescente no abastecimento mundial de aves e ovos, uma vez que os importadores proíbem a carne de frango e peru de países com o vírus circulando em suas granjas.
A gravidade do atual surto de gripe aviária levou alguns governos a considerar a vacinação de aves, mas outros, como os Estados Unidos, permanecem relutantes principalmente por causa das restrições comerciais que isso acarreta.
O Brasil exporta aves e derivados para mais de 130 países, o que tornaria as negociações com esses importadores para aceitar seus produtos vacinados “um grande desafio”, afirmou Cunha.
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