Brasil tem superávit primário em janeiro, mas déficit em 12 meses vai a 2,25% do PIB

Em janeiro, o Governo Central teve superávit de R$ 81,3 bilhões, enquanto governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 22,5 bilhões, mas as empresas estatais apresentaram déficit de R$ 1,7 bilhão.

Roberto de Lira

(Foto: Shutterstock)
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O Brasil registrou superávit primário no setor público consolidado de R$ 102,1 bilhões em janeiro de 2024, maior que o saldo positivo de R$ 99,0 bilhões observado no mesmo mês de 2023, informou nesta quinta-feira (7) o Banco Central. No entanto, em 12 meses, o setor público consolidado teve déficit de R$ 246,0 bilhões, equivalente a 2,25% do PIB. O resultado foi apenas 0,04 ponto percentual inferior ao déficit registrado em 2023.

Em janeiro, o Governo Central teve superávit de R$ 81,3 bilhões, enquanto governos regionais tiveram saldo positivo de R$ 22,5 bilhões. Mas as empresas estatais apresentaram déficit de R$ 1,7 bilhão.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi superavitário em R$ 22,2 bilhões em janeiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 991,9 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$967,4 bilhões (8,90% do PIB) em dezembro de 2023.

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Dívida/PIB

A Dívida Líquida do governo atingiu 60,0% do PIB (R$6 ,6 trilhões) em janeiro, caindo 0,8 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos do superávit primário (redução de 0,9 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.), da desvalorização cambial de 2,3% (redução de 0,3 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.).

Já a Dívida Bruta do Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais atingiu 75,0% do PIB (R$ 8,2 trilhões) em janeiro de 2024, com aumento de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Essa evolução no mês decorreu, principalmente, do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,4 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).

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