Brasil tem que fazer onda protecionista, mas de forma transparente, diz Mercadante

Eleição de Donaldo Trump para a Presidência dos Estados Unidos reforça a percepção de que haverá uma "onda protecionista" pelo mundo

Estadão Conteúdo

(Foto: Rossana Fraga/ BNDES)
(Foto: Rossana Fraga/ BNDES)

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, destacou nesta terça-feira, 12, que, a eleição de Donaldo Trump para a Presidência dos Estados Unidos, reforça a percepção de que haverá uma “onda protecionista” pelo mundo. Para ele, esse cenário reforçará a necessidade de o Brasil, em algum grau, também adotar medidas protecionistas, mas de forma “transparente”.

Mercadante destacou que esse protecionismo pode ser feito por meio da adoção de cotas, e medidas racionais, mas desde que o Brasil trate sempre seus parceiros como “aliados estratégicos”.

As afirmações foram feitas durante a abertura do fórum “Estadão Think”, realizado na manhã desta terça no salão nobre da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Para exemplificar seu pensamento, Mercadante citou a China, que,segundo ele, dá certo, entre outras coisas, justamente pela nova relação entre estado e mercado que foi desenvolvida pelo país asiático.

O presidente do BNDES reforçou que, caso a agenda protecionista de Trump for realmente implementada, o Brasil vai precisar, também, de instrumentos de defesa comercial. “É ingenuidade achar que não vai haver nova onda protecionista dos EUA”, disse Mercadante. “Eu não tenho nada contra America First, mas eu sou Brasil First”, acrescentou.