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Um dia depois de dizer que Brasil estava “quebrado”, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, 6, que o país está uma “maravilha” e responsabilizou a imprensa por uma “onda terrível” sobre sua fala na terça-feira, 5.
Em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo minimizou a declaração anterior sobre a situação do Brasil, que repercutiu negativamente no meio político e no mercado financeiro.
“Confusão ontem, viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para imprensa bom estava Lula, Dilma, que gastavam R$ 3 bilhões por ano para eles”, afirmou para um grupo de pessoas na saída do Palácio da Alvorada.
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Na terça, Bolsonaro também disse que não conseguia “fazer nada” e atribuiu à pandemia da covid-19 o motivo para não conseguir ampliar a isenção da tabela do Imposto de Renda, uma de suas promessas de campanha.
A fala sobre a situação do país vai na direção oposta da mensagem que a equipe do ministro Paulo Guedes busca passar sobre a recuperação da economia.
Na manhã desta quarta, na conversa com apoiadores, Bolsonaro, ainda em reforço às críticas à imprensa, negou ter conversado por telefone com o ex-presidente Michel Temer, como noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. “De vez em quando eu falo com ele, mas tem mais de 30 dias que eu não falo com o Temer”, disse.
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De acordo com o colunista, Temer ligou para Bolsonaro para tranquilizá-lo caso o deputado Baleia Rossi (MDB), seu aliado, vença a eleição para a presidência da Câmara.
Segundo o presidente, a notícia foi “inventada” e seria uma forma de influenciar nas eleições para as mesas do Congresso. O mandatário chegou a dizer que a imprensa brasileira “não é nem lixo, né, lixo é reciclável” e que “não serve para nada, só fofoca e mentira o tempo todo.”
Desemprego
Bolsonaro também voltou a falar sobre a situação de desemprego no país, que atingiu 14,2% em novembro de 2020, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), que é mensal e realizada desde maio.
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Na terça-feira, no retorno ao Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo afirmou que “uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada”, em referência à formação dos brasileiros.
Nesta quarta, Bolsonaro também minimizou a fala e reforçou críticas ao educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira.
“Ontem falei que parte dos brasileiros não estão preparados (sic) para o mercado de trabalho. Pronto, a imprensa falou que eu ofendi todos os empregados do Brasil. Agora, nós importamos serviços porque não tem gente habilitada aqui dentro. Porque há 30 anos é destruída a educação no Brasil, a geração Paulo Freire, né?”, declarou.
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Reunião com ministros
Após a conversa com apoiadores na saída da residência oficial, Bolsonaro se encontrou com ministros no Palácio do Planalto para uma reunião que não constava nas agendas oficiais no início do dia. O ministro Paulo Guedes, que ainda está em período de férias, foi um dos 17 ministros que participaram da reunião.
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