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As projeções dos analistas para a taxa Selic em 2025 voltaram a subir, enquanto as estimativas para o câmbio avançaram nos quatros anos projetados, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Relatório Focus do Banco Central.
A mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 14%, de 13,50% na semana anterior.
Na última quarta-feira, o Copom afirmou que a materialização de riscos desde a sua reunião anterior, de novembro, tornou o cenário “menos incerto e mais adverso.” O colegiado aumentou as suas projeções de inflação para 2024 (4,60% para 4,90%), para 2025 (3,90% para 4,50%) e para o segundo trimestre de 2026, horizonte relevante da política monetária (3,60% para 4,0%). Mesmo assim, manteve o balanço de riscos assimétrico para cima.
O colegiado afirmou, ainda, que a reação dos agentes ao pacote de ajuste fiscal do governo levou a uma “dinâmica inflacionária mais adversa”, por meio de impactos nas expectativas de inflação no prêmio de risco e na taxa de câmbio.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista”, diz o comunicado da decisão.
A mediana das projeções para o dólar em 2024 subiu R$ 5,95 para R$ 5,99, enquanto para 2025 passou de R$ 5,77 para R$ 5,85. Para 2026, a estimativa passou de R$ 5,73 para R$ 5,80, enquanto a projeção para 2027 passou de R$ 5,69 para R$ 5,70.
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Inflação
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela nona semana consecutiva, de 4,59% para 4,60% – acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,12%. Considerando apenas as 52 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,73% para 4,63%.
A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4 5%). Se a inflação ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
A estimativa intermediária para a inflação de 2024 passou de 4 84% para 4,89%, também acima do teto, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,64%. Levando em conta apenas as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,85% para 4,93%.
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No Focus, a mediana para a inflação de 2026 continuou em 4,0%, interrompendo uma sequência de seis semanas de alta. A projeção para 2027 avançou de 3,58% para 3,66%, o segundo aumento consecutivo.
Para o IGP-M, as projeções para 2024 subiram de 6,35% para 6,45%, enquanto a estimativa para 2025 avançou em 4,40% para 4,50%. Para 2026, a projeção de inflação permaneceu em 4,0% e a de 2027 subiu de 3,90% para 3,93%.
PIB
Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 subiu de 3,39% para 3,42%. A previsão para 2025 passou de 2% para 2,01%. A estimativa para 2026 permanece nos mesmos 2,0% há 71 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 73 semanas.
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Selic
A projeção para 2026 subiu de 11% para 11,25% e a de 2027 ficou em 10%.
Resultado primário
A projeção para o resultado primário brasileiro para 2024 ficou estável em -0,50% do PIB, enquanto a estimativa para 2025 caiu de -0,70% do PIB para -0,64%. A previsão para 2026 recuou de -0,60% para -0,50% do PIB. A de 2027 passou de -0,40% para -0,30%.
Dívida pública
Para a dívida líquida do setor público, as estimativas caíram para 2024, com a projeção saindo de 63,04% para 63,00% do PIB. A previsão para 2025 ficou estável em 67% do PIB. As estimativas para 2026 caíram de 70,50% do PIB para 70,32%, enquanto as de 2027 subiram de 73,45% para 74% do PIB.
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(Com Estadão)