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Analistas consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) projetam que a instituição reduzirá as taxas de juros em cortes consecutivos de 25 pontos-base até março de 2025, antes de pausar temporariamente o ciclo de relaxamento monetário em abril, com a taxa de depósitos em 2,50%.
O resultado representa a mediana de 49 profissionais consultados pelo BCE entre 30 de setembro e 2 de outubro, antes da decisão de cortar os juros europeus pela terceira vez na semana passada, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21).
Depois de uma breve pausa em abril, os analistas preveem novo corte de 25 pb em junho do próximo ano, baixando a taxa de depósitos para 2,25%, e posterior manutenção das taxas até o primeiro trimestre de 2026, quando projetam corte para o nível de 2,13%.
A mediana mostra ainda novo corte da taxa de depósitos para 2% no segundo trimestre de 2026 e manutenção deste nível até 2027, quando os juros devem ser elevados novamente em 25 pontos-base e permanecer inalterados no longo prazo.
PIB e inflação
A mediana dos analistas aponta ainda para expectativa bastante modesta para o crescimento na zona do euro. Nas leituras trimestrais ante o trimestre imediatamente anterior, eles projetam alta de 0,2% do produto interno bruto (PIB) no terceiro e no quarto trimestres deste ano. Em 2025, a projeção é de leve aceleração no crescimento, para avanço de 0,3% no primeiro trimestre, ritmo que deve se manter até o fim de 2027.
Para a inflação ao consumidor na zona do euro, esperam taxa de 2,2% no terceiro e no quarto trimestres deste ano, com desaceleração para 2,0% no primeiro trimestre de 2025. Segundo os analistas, a inflação deve ficar abaixo da meta de 2% do BCE, em 1,9%, no segundo e terceiro trimestres do próximo ano, antes de voltar para 2% e permanecer neste nível no longo prazo.
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Já o núcleo da inflação – que exclui itens voláteis como alimentos e energia – deverá cair gradualmente até chegar à meta de 2% no quarto trimestre de 2025 e manter este nível no longo prazo. De acordo com a pesquisa, os riscos para as perspectivas de inflação estão equilibrados para os próximos dois anos.