BC da Argentina mantém juro básico em 75% e encerra ciclo de alta

Autoridade monetária viu "progresso" no núcleo da inflação mensal em setembro, de 5,5%, mas taxa anualizada está em 83%

Estadão Conteúdo

Bandeira da Argentina (Shutterstock)
Bandeira da Argentina (Shutterstock)

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O Banco Central da República Argentina (BCRA) decidiu manter os juros básicos no país em 75%, após considerar que a alta mensal de 5,5% no núcleo do índice de preços ao consumidor em setembro sinalizou “progresso” na luta contra a hiperinflação. A inflação anualizada no país, no entanto, está em 83%.

Desta forma, a entidade monetária encerrou um ciclo de elevações na taxa referencial que durava desde janeiro deste ano, quando o juro básico subiu de 38% para 40%.

O BCRA “considera que a taxa de referência contribuiu para consolidar a estabilidade financeira e cambial” na Argentina, e seguirá “monitorando a evolução dos preços” em meio à normalização monetária local, diz o comunicado do BC argentino, divulgado nesta sexta-feira (21).

O comitê da entidade “presta atenção especial à evolução passada e perspectiva do nível geral de preços e à dinâmica do mercado cambial”, complementa.

A decisão desta sexta responde ainda à coordenação do Ministério da Economia do país para que os juros básicos “apresentem uma relação razoável” com os rendimentos de títulos do Tesouro argentino, segundo o BCRA.

Além dos juros, o BCRA se dispõem a utilizar outras ferramentas monetárias, entre eles o “intervenções destinadas a evitar uma volatilidade financeira excessiva que possa ter um impacto negativo na formação de preços”, ressalta.