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O Banco Central do Chile decidiu nesta quinta-feira (26), por unanimidade, cortar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, para 9% ao ano. A decisão mantém a desaceleração no ritmo de relaxamento monetário, após a autoridade monetária ter iniciado o ciclo de afrouxamento com um corte de 100 pontos-base em julho.
O Conselho do BC chileno atribuiu a decisão ao cenário macroeconômico local favorável, com redução da inflação – em especial, o núcleo, que exclui itens voláteis – em linha com o previsto e expectativas inflacionárias de longo prazo convergentes com meta de 3%.
Entretanto, o banco central anunciou que “suspenderá o programa de reposição de reservas e redução gradual da sua posição à frente”, sugerindo postura mais cautelosa nos próximos meses. O motivo principal são as “crescentes tensões” e volatilidade nos mercados financeiros globais, sob cenário de deterioração nas condições financeiras que combina “fatores reais, financeiros e riscos geopolíticos”.
O comunicado nota que os juros elevados do Federal Reserve (Fed) estão sendo transmitidos para economia global de forma ampla, assim como a mensagem de que o nível restritivo deve ser mantido por tempo prolongado. “Dessa forma, houve uma valorização global do dólar e uma correção negativa nos mercados de ações”, observou o BC, apontando também que seguem as dúvidas sobre evoluções da situação fiscal nos EUA.
Sobre o cenário local, o documento destaca ainda que o atividade econômica segue em ritmo de expansão mais lento e que o mercado de trabalho deteriorou, com alta da taxa de desemprego.