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O Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) decidiu nesta terça-feira (4) reduzir o ritmo de alta na taxa de juros e aplicou um aumento de 25 pontos base, para 2,60%. Foi o sexto aumento consecutivo, mas interrompeu uma sequência de alta de 50 pontos base que permanecia nas últimas quatro reuniões.
No comunicado que se seguiu à reunião da autoridade monetária, o RBA disse estar empenhado em devolver a inflação à faixa de 2% a 3% ao ano no país e que acha que o novo aumento ajudará a atingir esse objetivo. Mas alertou que é provável que novos aumentos sejam necessários durante o próximo período.
O Banco Central comentou ainda que, como na maioria dos países, a inflação na Austrália é muito alta. A previsão oficial é que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) feche 2022 em 7,7%.
“Fatores globais explicam grande parte dessa alta inflação, mas a forte demanda doméstica em relação à capacidade da economia de atender a essa demanda também está desempenhando um papel”, disse o RBA.
Para 2023, a autoridade monetária espera que a inflação ceda para perto de 4%, recuando novamente para 3% em 2024. “A esperada moderação da inflação no próximo ano reflete a resolução em curso dos problemas globais do lado da oferta, as recentes quedas nos preços de algumas commodities e o impacto do aumento das taxas de juros”, comentou.
Atividade e emprego
Do lado da atividade, a avaliação é que a economia australiana continua a crescer solidamente e que a renda nacional está sendo impulsionada por um nível recorde dos termos de troca. “O mercado de trabalho está muito apertado e muitas empresas estão tendo dificuldade em contratar trabalhadores”, disse o comunicado.
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A taxa de desemprego em agosto foi de 3,5%, perto da taxa mais baixa em quase 50 anos. As vagas e os anúncios de emprego estão em níveis muito altos, sugerindo uma nova queda na taxa de desemprego nos próximos meses. “Espera-se algum aumento na taxa de desemprego à medida que o crescimento econômico desacelera”, afirmou o comunicado.