Autoridades do BCE apoiam mais cortes de juros conforme inflação volta à meta

O francês François Villeroy de Galhau e seu colega lituano, Gediminas Simkus, apoiaram expectativas de mercado de que o banco fará até dois novos cortes este ano

Reuters

Sede do BCE em Frankfurt, Alemanha
14/09/2023 (Foto: Wolfgang Rattay/Reuters)
Sede do BCE em Frankfurt, Alemanha 14/09/2023 (Foto: Wolfgang Rattay/Reuters)

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Frankfurt – Dois formuladores de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) apoiaram nesta sexta-feira (19) novos cortes nas taxas de juros, expressando maior confiança de que a inflação estará se aproximando da meta do BCE no próximo ano.

O BCE manteve as taxas de juros estáveis na quinta-feira e sua presidente, Christine Lagarde, disse que sua próxima decisão, em 12 de setembro, estava “totalmente aberta”.

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Entretanto, o integrante francês do Conselho do BCE, François Villeroy de Galhau, e seu colega lituano,  Gediminas Simkus, foram mais explícitos nesta sexta-feira, apoiando as expectativas do mercado de mais dois cortes nas taxas de juros este ano, em setembro e dezembro.

“As expectativas do mercado em relação à trajetória das taxas de juros me parecem bastante razoáveis no momento”, disse Villeroy em uma entrevista à rádio francesa BFM Business.

Simkus foi além, dizendo em uma coletiva de imprensa em Vilnius que as taxas “continuariam a cair, e de forma bastante significativa”, na ordem de um ponto percentual por ano.

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Isso está de acordo com os preços dos mercados monetários, que preveem que a taxa que o BCE paga sobre os depósitos bancários cairá dos atuais 3,75% para 2,5% até o final do próximo ano.

Ambos os governadores há muito tempo vêm clamando por mais reduções nas taxas, mas fontes disseram à Reuters que até mesmo alguns dos formuladores de política monetária mais agressivos estavam abertos a um corte em setembro, desde que os dados recebidos confirmem a contínua desinflação.

Simkus e Villeroy mantiveram a previsão do BCE, publicada no mês passado, de que a inflação na zona do euro cairá dos atuais 2,5% para a meta de 2% no segundo semestre do próximo ano.

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“Vou até dizer esta manhã que, salvo qualquer choque, isso é mais do que uma previsão, é um compromisso”, disse Villeroy.

Os formuladores de política monetária devem ter se sentido confortados por pesquisas do BCE que mostram que as empresas esperam aumentos de preços apenas moderados e que os economistas preveem uma inflação em desaceleração contínua.

“Os contatos relataram um crescimento moderado dos preços em geral e esperavam que isso continuasse no trimestre seguinte, com o crescimento dos preços ainda mais forte nos serviços do que na indústria”, disse o BCE após pesquisar 62 grandes empresas da área do euro.