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WASHINGTON, 17 Out (Reuters) – A já difícil viagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel ficou mais complicada depois que centenas de palestinos foram mortos em um ataque a um hospital de Gaza na terça-feira.
As autoridades palestinas culparam Israel, enquanto autoridades israelenses negaram envolvimento no ataque, que ocorreu durante um bombardeio massivo israelense ao enclave.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, cancelou rapidamente uma reunião planejada com Biden após o ataque, e então o rei Abdullah da Jordânia cancelou toda a cúpula que deveria reunir Biden com os líderes egípcio e palestino.
Biden deixou Washington no início da noite (horário de Brasília), com o objetivo de mostrar apoio a Israel, aliado de longa data dos EUA, acalmar a região e reforçar os esforços humanitários para Gaza.
O que ele pode conseguir após o ataque no hospital e os relatórios conflitantes sobre a responsabilidade por ele não estava claro.
“Este tipo de evento obscuro, mas horrível, torna a diplomacia mais difícil e aumenta os riscos de escalada”, disse Richard Gowan, diretor da ONU no Grupo Internacional de Crises.
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“A visita de Biden pretendia sublinhar que os EUA controlam a situação. Um incidente trágico como este mostra como é difícil manter a guerra sob controle”, acrescentou.
O fato de não se reunir com Abbas ou qualquer autoridade palestina, ao mesmo tempo que se reúne com israelenses no território, pode minar os outros objetivos de Biden de acalmar as tensões na região e reforçar os esforços humanitários para Gaza.