Ata do Copom: novas informações sobre economia serão essenciais para tomar próximos passos sobre juros

Contudo, documento destacou que o coronavírus provoca desaceleração do crescimento global e que o BC continuará fazendo uso de todo o seu arsenal

Equipe InfoMoney

Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)
Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)

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SÃO PAULO – O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (23) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que cortou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 3,75%, em meio aos impactos do coronavírus para a economia.

Os integrantes do comitê apontaram que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. Esta avaliação já constou no comunicado da semana passada do Copom.

O documento apontou que o BC vê como adequada a manutenção da Selic no novo patamar. Contudo, destacou que o ambiente para os emergentes tornou-se desafiador, que o coronavírus provoca desaceleração significativa do crescimento global e que o BC continuará fazendo uso de todo o seu arsenal. Neste caso, novas informações são essenciais para tomar os próximos passos.

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A ata lista os canais de transmissão do vírus e cita que simulações indicam que seria necessário corte acima de 0,50pp, mas ponderou que seria contraproducente diante de interrupção das reformas. Para BC, o coronavírus provoca desaceleração global e efeito na atividade pode ser significativo. O documento diz ainda que magnitude das próximas decisões está sujeita a maior incerteza.

O comitê ainda avaliou que “diversas medidas de inflação subjacente estão em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária”.

No cenário híbrido, com trajetória de taxa de juros da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 4,75, as projeções condicionais para a inflação estão ao redor de 3% para 2020 e de 3,6% para 2021.

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O cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 3,75% e se eleva até 5,25% em 2021. Com isso, as projeções para a inflação de preços administrados são de 1,5% para 2020 e de 3,9% para 2021.

Já no cenário com juros constante a 4,25% e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 4,75, as projeções estão em torno de 3,0% para 2020 e de 3,6% para 2021.

A divulgação da ata do último encontro do Copom, originalmente programada para esta terça-feira (24), foi antecipada para a manhã desta segunda-feira.

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(Com Agência Estado)