Arrecadação federal cresce 11,61% em setembro e bate recorde para o mês, diz Receita

No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação foi de R$ 1,934 trilhão, 9,68% acima do registrado nos primeiros nove meses de 2023, também representando recorde para o período

Reuters

Moedas de 1 real (Foto: Bruno Domingos/Reuters)
Moedas de 1 real (Foto: Bruno Domingos/Reuters)

Publicidade

Brasília (Reuters) – A arrecadação do governo federal teve alta real de 11,61% em setembro sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 203,169 bilhões, no melhor resultado para o mês da série histórica iniciada em 1995, informou a Receita Federal nesta terça-feira (22).

O dado mensal veio acima da expectativa indicada em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de R$ 201,1 bilhões.

No acumulado de janeiro a setembro, a arrecadação foi de R$ 1,934 trilhão, 9,68% acima do registrado nos primeiros nove meses de 2023, já descontada a correção pela inflação. O dado também representa um recorde para o período.

Em setembro, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 11,95% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a R$ 196,646 bilhões.

No período de janeiro a setembro de 2024, o ganho foi de 9,67%, totalizando R$ 1,842 trilhão.

Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 2,23% em setembro frente ao mesmo período de 2023, para R$ 6,523 bilhões. No acumulado de janeiro a setembro, esses recursos tiveram alta real de 9,92%, totalizando R$ 92,456 bilhões.

Continua depois da publicidade

Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês passado foi influenciado pelo comportamento de indicadores macroeconômicos, o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e o desempenho dos tributos do comércio exterior em função do aumento do volume das importações, das alíquotas médias e da taxa de câmbio.

O Fisco também apontou como impulsionadores da arrecadação ganhos com o crescimento da contribuição previdenciária diante de dados positivos da massa salarial e do recolhimento de tributos que haviam sido adiados durante as enchentes no Rio Grande do Sul.

Entre os destaques de setembro, no recorte por tributo, a arrecadação de PIS/Pasep e Cofins registrou crescimento real de 18,92%, a R$ 45,684 bilhões. Também houve alta real na receita previdenciária em 6,29%, a R$ 54,493 bilhões. O recolhimento de Imposto de Importação e IPI vinculado cresceu 44,30% no mês, a R$ 9,925 bilhões.

Continua depois da publicidade

Na divisão por setores, a arrecadação do comércio atacadista teve forte alta real em setembro ante o mesmo mês de 2023, de 23,9%. Também foram registrados ganhos nos setores de combustíveis, financeiro e fabricação de veículos.

Os dados positivos ajudam na busca pelo déficit zero pela equipe econômica, que agora também promete aliviar as contas públicas por meio de um reforço em medidas de contenção de gastos do governo.