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O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta segunda-feira (17) que a Argentina deverá mover as taxas de juros reais para território positivo e facilitar os controles cambiais, à medida que o país procura continuar a desaceleração nos aumentos de preços e proteger as suas reservas cambiais. Em relatório, a equipe técnica do organismo apontou que a implementação decisiva do plano de estabilização conduziu a excedentes fiscais e externos duplos, a uma reviravolta acentuada nas reservas, a uma desinflação mais rápida do que o esperado, a um reforço da economia dos balanços do banco central e redução dos spreads soberanos para mínimos plurianuais.
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“No entanto, os desequilíbrios macroeconômicos e os estrangulamentos de crescimento continuam consideráveis e ainda temos pela frente um longo e difícil processo de ajuste, onde as políticas terão de evoluir para tirar partido dos ganhos anteriores e apoiar uma reviravolta na atividade”, aponta o FMI.
E acrescentou o organismo: “Estão também em curso esforços para obter apoio político e social às reformas, bem como para aumentar a assistência social para proteger os mais vulneráveis e garantir que o peso do ajuste não recaia desproporcionalmente sobre as famílias trabalhadoras. Dito isto, os atrasos na obtenção de legislação fundamental no Congresso levaram a alguma volatilidade nos mercados.”
“Os riscos, embora moderados, ainda são elevados, exigindo uma elaboração ágil de políticas. O planejamento continuará crítico e as políticas terão de continuar a se adaptar à evolução dos resultados para salvaguardar a estabilidade e garantir que todos os objetivos do programa continuem sendo alcançados”, disse a vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath.