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Em meio a protestos e ameaças de greve de várias categorias profissionais, o governo argentino determinou nesta quarta-feira (21) aumentos no salário mínimo mensal para os próximos dois meses, fixando-o em 180.000 pesos (cerca de US$ 215) em fevereiro e 202.800 pesos (US$ 242,2) em março, segundo informações oficiais. Em janeiro, o salário mínimo estava fixado em 156.000 pesos.
A medida se deu por meio de decreto presidencial depois que trabalhadores e empregadores não conseguiram chegar a um acordo, informou o diário oficial do país.
Considerando a cotação oficial do dólar na Argentina, o valor para este mês equivale a US$ 215; para março, a US$ 242. O câmbio oficial, no entanto, é pouco utilizada pela população – que, na prática, troca moeda pela cotação paralela. No famoso “dólar blue”, o salário mínimo de fevereiro é de cerca de US$ 164 dólares e o de março, de US$ 192.
Como o salario mínimo brasileiro para 2024 está em R$ 1.412 (cerca de US$ 286, no câmbio de hoje), a diferença em favor do piso brasileiro é de 74%.
Inflação
A Argentina está envolta em protestos e ameaças de greve de várias categorias profissionais, que veem seus vencimento perderem da inflação corrente mês a mês.
A inflação na terceira maior economia da América Latina, que fechou 2023 em 211,4% na base anual, registrou um aumento de 20,6% em janeiro. Para fevereiro, a expectativa é que mostre uma tendência de queda.
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O governo do ultraliberal Javier Milei prevê uma queda gradual da inflação nos próximos meses, devido a uma demanda geral menor por causa da perda do poder de compra da população, embora a pobreza possa aumentar.
Um relatório do Observatório da Dívida Social Argentina, da Universidade Católica Argentina (UCA), revelou que a pobreza no país aumentou para 57,4% da população em janeiro, o nível mais alto em pelo menos 20 anos.
O aumento do salário mínimo também se refletirá nas aposentadorias, pensões e subsídios sociais.
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(Com Reuters)