Após recorde na 2ª feira, dólar “blue” na Argentina testa nova máxima

Após fechar a 1.330 pesos na segunda-feira, o dólar paralelo já tem cotação de 1.365 hoje; além de motivos sazonais e estruturais, há alguma especulação sobre proximidade de flexibilização pelo governo

Roberto de Lira

Imagem de nota de 100 dólares com foto do presidente da Argentina, Javier Milei  - 16/11/2023 (Foto: Matias Baglietto/Reuters)
Imagem de nota de 100 dólares com foto do presidente da Argentina, Javier Milei - 16/11/2023 (Foto: Matias Baglietto/Reuters)

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Depois de bater o recorde desde a posse do presidente Javier Milei, em dezembro, o dólar “blue”, a cotação paralela da moeda americana mais utilizada na Argentina, está testando um novo teto hoje. Segundo os sites de notícias locais, a cotação para a venda alcança nesta tarde 1.365 pesos, nas “cuevas”, que são os pontos onde é possível negociar o câmbio paralelo.

Ontem o “blue” fechou a 1.330 pesos, fruto de fatores como o acúmulo de feriados da semana passada, a necessidade de recursos das empresas para pagar as parcelas dos bônus e gratificações de final de ano e a taxa de juros real negativa.

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Além disso, existe um movimento especulativo de que estaria mais próxima a liberalização do mercado de câmbio no país, embora autoridades como o ministro da Economia, Luis Caputo, tenham descartado a iniciativa.

A proximidade da aprovação pela Câmara do projeto de Lei de Bases após modificações no Senado também acrescenta alguma doses de incerteza, umas vez que uma rápida recuperação da combalida economia argentina poderia trazer riscos inflacionários.

Segundo o site InfoBae, apenas em junho, o “blue” acumulada alta de 11,4% (140 pesos) e a lacuna cambiária em relação ao dólar oficial está em 50%, a maior desde janeiro.