Após motor explodir em voo, Boeing recomenda suspender algumas aeronaves 777; agência americana investiga

Momentos após a decolagem do voo 328 da United, passageiros perceberam que um dos motores da aeronave estava em chamas e se despedaçando

Allan Gavioli

(Reprodução/Youtube)
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SÃO PAULO – No último sábado (20), um voo da United que ia de Denver (Colorado, Estados Unidos) para Honolulu (Havaí, EUA) teve que ser interrompido às pressas. Uma das turbinas do avião, de modelo Boeing 777, falhou durante o voo, pegou fogo e explodiu.

Após o incidente, a Boeing recomendou que o uso dos modelos 777 seja suspenso em todo mundo. Durante o voo da United, o motor que explodiu era do modelo Pratt & Whitney PW4000.

Como apurou a mídia americana durante o final de semana, esse tipo de turbina só está presente em frotas nos EUA, Japão e Canadá. A United é a única aérea americana que tem aeronaves com o Pratt & Whitney PW4000.

A United afirmou que suspendeu o uso de todos os modelos Boeing 777 com esse motor. No total, eles representam 24 aeronaves da frota da United.

Entenda o acidente com o Boeing 777

Momentos após a decolagem do voo 328 da United, passageiros perceberam, ao abrirem as persianas das janelas, que um dos motores da aeronave estava em chamas e se despedaçando. Segundo relato de alguns dos 241 passageiros a bordo, as turbinas começaram a pegar fogo e rapidamente explodiram.

Após a explosão, o motor continuou em chamas e soltando diversas partes. Além do desespero dos presentes no avião, pedaços da turbina caíram no solo, em um subúrbio de Denver.

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Ao notar o problema, os pilotos emitiram um pedido de socorro e conseguiram pousar o avião em segurança no Aeroporto Internacional de Denver – de onde a aeronave havia decolado.

De acordo com as últimas informações, nenhuma pessoa no voo ficou ferida. As que estavam no solo também não se machucaram com os destroços.

Um vídeo postado no Twitter mostra o motor totalmente envolto em chamas enquanto o avião voava. Assista abaixo:

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Ainda não há conclusões sobre o que pode ter causado o acidente com o motor. Especialistas em segurança da aviação entrevistados pela agência de notícias Associated Press disseram que o avião parece ter sofrido de uma falha de motor “incontida e catastrófica”, sem determinar suas causas.

Administração Federal de Aviação exige inspeções extras

No dia seguinte ao acidente, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, agência federal responsável por regulamentar a aviação civil no país, ordenou uma série de inspeções extras em algumas das aeronaves 777.

Antes mesmo da suspensão dos voos desses modelos pela própria Boeing, a FAA já afirmava que tal ordem de inspeção significaria uma possível retirada dos modelos de circulação. Ainda segundo um diretor da agência, as inspeções seriam realizadas apenas nos aviões que utilizassem o mesmo motor do acidente – o Pratt & Whitney PW4000.

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“Depois de consultar minha equipe de especialistas em segurança da aviação sobre a falha de ontem no motor de um avião Boeing 777 em Denver, eu os instruí a emitir uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência, que exige inspeções imediatas ou intensificadas de aviões Boeing 777 equipados com certos motores Pratt & Whitney PW4000”, afirmou no domingo (21) Steve Dickson, diretor da FAA, por meio do seu perfil oficial no Twitter.

Ao falar sobre a possível falha técnica que ocasionou o acidente, Dickson disse que uma revisão preliminar dos dados de segurança apontou a necessidade de verificações adicionais na hélice do ventilador do motor a jato.

Segundo informações da agência de notícias AFP, o diretor também acrescentou que funcionários da FAA se reuniram com representantes da Pratt & Whitney e da Boeing no domingo à noite para tratar de detalhes do ocorrido.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.