Anvisa diz que vacinas seguem eficazes contra internação e morte por Covid-19

O Brasil registrou, até o momento, três casos da nova variante do coronavírus

Reuters

Seringa com imunizante contra a Covid-19 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Seringa com imunizante contra a Covid-19 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou nesta quarta-feira que as vacinas existentes contra a Covid-19 permanecem eficazes para evitar quadros graves da doença que levam à internação e à morte, após o surgimento da variante Ômicron do coronavírus.

Em nota, o órgão regulador disse que está em contato com os desenvolvedores de vacinas, que têm a obrigação de avaliar o impacto de novas variantes na eficácia dos imunizantes, e lembrou que os estudos neste sentido levam tempo.

A agência pediu ainda que a população se vacine contra a Covid e mantenha medidas de prevenção, como uso de máscara e distanciamento.

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“As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte”, afirmou a Anvisa em comunicado.

“O momento é de cautela. A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.”

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O órgão regulador disse ainda que mantém contato com agências internacionais correspondentes e que há expectativa de que, nas próximas semanas, sejam conhecidos dados sobre o impacto da Ômicron na eficácia das vacinas.

“A Anvisa mantém o compromisso de atuar juntamente com as autoridades internacionais e as empresas envolvidas para permitir que as atualizações nas vacinas, caso necessárias, sejam realizadas com agilidade, mantendo o perfil de qualidade, eficácia e segurança”, afirmou.

“A Anvisa está monitorando a situação e fará comunicados à população à medida que as informações forem apresentadas e avaliadas.”

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A Ômicron, que tem três casos confirmados no Brasil, tem gerado temores em todo o mundo de que a grande quantidade de mutações que tem na proteína “spike” do coronavírus, usada pelo vírus para infectar as células, possa significar que a variante escape da imunidade induzida por vacinas.

Alguns fabricantes de imunizantes, no entanto, afirmam que, embora seja possível que as vacinas existentes sejam menos eficazes contra a Ômicron, é provável que os imunizantes protejam os infectados pela nova variante contra quadros graves da Covid-19.

Especialistas sul-africanos afirmaram, até o momento, que os casos da Covid-19 provocados pela Ômicron foram amenos. Cientistas no geral alertam, ao mesmo tempo, que há muitas incertezas em torno da nova variante e são necessários estudos para responder questões como a eficácia das vacinas contra a variante.