Anfavea vê alta de 3% em venda de máquinas para construção, estabilidade em agrícolas

A Anfavea afirmou que as vendas de máquinas autopropulsadas para construção somaram 37.148 unidades em 2024, crescendo 22,4%

Lara Rizério

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SÃO PAULO (Reuters) – As montadoras de veículos instaladas no Brasil estimaram nesta quinta-feira um crescimento de 3% nas vendas de máquinas voltadas para construção este ano, enquanto os equipamentos para uso agrícola devem mostrar estabilidade após uma queda de dois dígitos em 2024.

A Anfavea, associação que representa os fabricantes desses equipamentos, afirmou que as vendas de máquinas autopropulsadas para construção somaram 37.148 unidades em 2024, crescendo 22,4% sobre 2023, enquanto os equipamentos agrícolas tiveram queda de quase 20% nas vendas, para 48,9 mil unidades.

Segundo a entidade, a alta nas vendas para o setor de construção, que incluem tratores e escavadeiras, ocorreu após leve retração em 2023 e representaram o segundo maior volume anual já registrado pelo segmento no país. O setor tem sido puxado pelo forte desempenho do mercado imobiliário em meio ao relançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida pelo governo federal.

Já o segmento de máquinas agrícolas, que incluem tratores e colheitadeiras, sofreu com a queda da safra de grãos do ano passado, recuo nos preços das commodities pelo segundo ano consecutivo e restrições de financiamento, afirmou a Anfavea.

“Só uma política consistente de Plano Safra pode fazer o setor ter uma recuperação ao longo deste ano”, afirmou a Anfavea em comunicado à imprensa.

As exportações de máquinas agrícolas tiveram queda de 31% no ano passado, com envios de 6 mil unidades, e deverão crescer apenas 1% este ano pelas projeções da Anfavea, que citou como “ponto de maior atenção” as importações.

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Segundo a associação, a participação da China na importação de máquinas nas Américas dobrou em 2024, de 20,7% para 43% no segmento de construção. Em máquinas agrícolas, a fatia do país asiático no bolo das importações do segmento passou de 7,7% para 12,7% no mesmo período.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.