Alta do açúcar impulsiona preços mundiais dos alimentos em setembro, diz FAO

Índice que acompanha as commodities alimentícias mais comercializadas globalmente subiu para 124,4 pontos no mês passado, ante 120,7 em agosto; índice de açúcar subiu 10,4% no mês

Reuters

Trabalhador observa armazém com açúcar bruto na cidade de Hilla (Foto: Khalid al-Mousily/Reuters)
Trabalhador observa armazém com açúcar bruto na cidade de Hilla (Foto: Khalid al-Mousily/Reuters)

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Roma (Reuters) – O índice mundial de preços de alimentos calculado pelas Nações Unidas subiu em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4), registrando o maior ganho em 18 meses devido ao aumento dos preços do açúcar.

O índice de preços, compilado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para acompanhar as commodities alimentícias mais comercializadas globalmente, subiu para 124,4 pontos no mês passado, ante 120,7 em agosto, o nível mais alto desde julho de 2023 e um aumento de 2,1% no ano.

O índice de açúcar subiu 10,4% no mês a mês, impulsionado pela piora das perspectivas de safra no Brasil e pelas preocupações de que a decisão da Índia de suspender restrições ao uso da cana-de-açúcar para a produção de etanol possa afetar a disponibilidade de exportação do país, disse a FAO.

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O índice de preços de cereais aumentou 3,0%, liderado pelo aumento dos preços de exportação do trigo e do milho, enquanto os preços do arroz caíram 0,7%.

Os preços dos óleos vegetais subiram 4,6% no mês, com cotações mais altas registradas para os óleos de palma, soja, girassol e colza.

Os preços dos laticínios avançaram 3,8% em setembro, com elevação para o leite em pó integral, leite em pó desnatado, manteiga e queijo, enquanto os preços da carne subiram 0,4%.

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Em um relatório separado, a FAO aumentou marginalmente sua previsão para a produção global de cereais em 2024, para 2,853 bilhões de toneladas, em comparação aos 2,851 bilhões de toneladas anteriores.