Mercado Bitcoin: os bastidores do primeiro unicórnio das criptomoedas no Brasil

História da construção da companhia e do mercado de criptomoedas no Brasil é tema do centésimo episódio do podcast Do Zero ao Topo

Mariana Fonseca

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SÃO PAULO – Em julho de 2021, o Mercado Bitcoin se tornou o primeiro unicórnio atuando com criptomoedas no Brasil. O conglomerado japonês de tecnologia SoftBank liderou um aporte de US$ 200 milhões na empresa, elevando sua avaliação de mercado para US$ 2,1 bilhões. A corretora de compra e venda de ativos digitais, como Bitcoin e Ethereum, tem 2,8 milhões de clientes. É o equivalente a 70% do número de investidores individuais na B3, a Bolsa de Valores brasileira.

Mas o caminho até lá não foi simples. Os cofundadores Gustavo Chamati e Maurício Chamati foram chamados de loucos ao investirem no segmento de bitcoins. O Mercado Bitcoin começou em 2013, e uma grande onda de demanda por Bitcoin viria apenas em 2017. A empresa teve de lidar com uma enxurrada de novos usuários – e com uma reestruturação que finalmente amadureceria o Mercado Bitcoin. Hoje, a corretora faz parte do Grupo 2TM, uma holding que tem empresas vão desde educação sobre o setor até comercialização de ativos tokenizados [fracionados e digitalizados de maneira segura], como investimentos em times de futebol.

A história dos irmãos e da construção da corretora de criptomoedas Mercado Bitcoin é tema do centésimo episódio do podcast. É possível seguir o programa e escutar a entrevista completa via ApplePodcastsSpotifyDeezerSpreakerGoogle PodcastCastbox, Amazon Music e outros agregadores de áudio do país.

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“A insegurança sempre existe, especialmente durante a trajetória de algo novo como era o Mercado Bitcoin. A gente estava criando um mercado, sem um concorrente maior ou modelo para seguir no país”, diz Gustavo Chamati. “Mas minha vontade de evoluir sempre foi muito maior do que o meu medo de errar. E não é que a gente não errou, a gente errou muito. Mas aprendíamos rápido com o erro e a ideia era nunca cometer o mesmo erro.”

Além de falar sobre os bastidores do começo e do crescimento do Mercado Bitcoin, Gustavo também traçou um panorama sobre o mercado de criptoativos no Brasil. Ondas de valorização do Bitcoin nos anos de 2013, 2017 e 2020-2021 deram impulsos não apenas aos projetos do Mercado Bitcoin, mas à classe dos criptoativos. O empreendedor vê agora um futuro em que não apenas a compra e venda de criptomoedas sejam popularizadas.

“Estamos em um momento de mercado em que temos avenidas de crescimento relevantes a desenvolver, principalmente no mercado brasileiro, como investidores institucionais e outras aplicações do blockchain [sistema descentralizado de registro de informações] e dos criptoativos. Nos próximos anos, esperamos um desenvolvimento bastante grande do ecossistema de cripto no Brasil.”

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Sobre o Do Zero ao Topo

O podcast Do Zero ao Topo traz, a cada semana, um empresário de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias utilizadas na construção do negócio.

O programa já recebeu nomes como André Penha, cofundador do QuintoAndar, David Neeleman, fundador da Azul, José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner, Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário, Sebastião Bonfim, criador da Centauro e Edgard Corona, da rede Smart Fit.

Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.