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A CapTable, plataforma para pessoas físicas investirem em startups do Brasil, lançou nesta segunda-feira (11) um ambiente para investidores registrarem seu interesse em negociar participação em startups.
Chamado de CapTable Marketplace, essa área foi desenvolvida depois que a Resolução 88 da CVM, que regula as plataformas de equity crowdfunding, entrou em vigor, no último dia 1º, criando o mercado subsequente.
Esse mercado lembra o mercado secundário, usado para negociação de ações na Bolsa de Valores. Mas existem ao menos três grandes diferenças: 1) as plataformas atuam como facilitadoras e não intermediadoras; 2) as plataformas não fazem o “casamento” das ordens de compra e venda, apenas funcionam como vitrines para que os investidores anunciem – anonimamente – sua disponibilidade; e 3) as exigências e regulação são completamente diferentes.
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Para Paulo Deitos, cofundador da CapTable, o marketplace trará mais liquidez para essa modalidade de investimentos e solucionará, com isso, um dos grandes problemas para investidores de estágios iniciais de startups, como aceleradoras e investidores-anjo. “A possibilidade de negociar participações em startups vai quebrar essa barreira de entrada. Ter uma ferramenta que possibilite a liquidez pode mudar o jogo e abrir esse mercado para que as pessoas possam experimentar esse tipo de investimento”, disse Deitos a Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do InfoMoney.
Com pouco mais de 7.000 investidores únicos, Deitos avalia a possibilidade de alcançar 20.000 pessoas em pouco tempo. “Não achamos que a ferramenta será usada para trades de curto prazo, mas para algumas pessoas, a possibilidade de realizar lucros antes de um evento de liquidez que pode levar alguns anos para acontecer, é muito atraente”, afirma o cofundador da CapTable.
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Oportunidade para investidores
Investidores anjo, pessoas físicas e outros tipos de investidores poderão negociar suas cotas de investimento dentro do marketplace, desde que sejam investidores ativos, ou seja, aqueles que participaram de rodadas de captação dentro da plataforma nos últimos 24 meses.
“A expectativa é que nos primeiros dias muitos investidores estejam buscando por oportunidades, assim como outros queiram achar compradores para suas cotas. Sabendo disso, fizemos diversos testes na plataforma e ela deve funcionar para atender essa demanda que há tempos esperava por essa novidade”, complementa Guilherme Enck, cofundador da CapTable, ao relatar o trabalho de preparação que a Captable teve para este momento.
A projeção da plataforma é que aproximadamente 30% de sua base de investidores utilize o marketplace e cerca de 14 startups estejam na plataforma inicialmente. Mas este número deve crescer. “É preciso assinar contratos e ainda estamos avaliando questões burocráticas de algumas empresas”, afirma Deitos.
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Mesmo assim, nem todas as startups que passaram pela plataforma deem aderir ao mercado subsequente. “As startups que não aderirem podem acabar passando uma imagem negativa porque estão negando aos investidores o direito de ter liquidez no investimento”, avalia Deitos.