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O programa do Tesouro Nacional para a compra e venda de títulos públicos por pessoas físicas, o Tesouro Direto, divulgou nessa semana o balanço para o mês de fevereiro, anunciando mais um recorde no estoque de investimentos, aos R$ 42,9 bilhões. Esse valor representa uma dívida do Governo Federal diretamente com a população brasileira, mas o volume, embora possa impressionar à primeira vista, representa parcela pequena da dívida pública federal.
Relatório divulgado nessa semana pelo Tesouro Nacional mostra que o estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou para R$ 3,02 trilhões. Ou seja, o programa do Tesouro Direto representa apenas 1,4% de todo o estoque da dívida pública mobiliária interna do Governo Federal.
O Tesouro Nacional pode emitir dívida por diferentes modos, incluindo leilões com ofertas públicas para instituições financeiras e emissões diretas para finalidades específicas, além do próprio programa do Tesouro Direto.
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De acordo com o relatório do Tesouro Nacional, o principal detentor dessa dívida é a Previdência, que responde por um volume de R$ 788,97 bilhões. Logo em seguida vem as instituições financeiras, com R$ 673,30 bilhões, e os fundos de investimento, com R$ 677,40 bilhões.
Costuma-se dizer que o investimento em Tesouro Direto é o mais seguro do Brasil, por ser a única aplicação para pessoa física com a garantia de pagamento pelo Tesouro Nacional. A dívida em moeda local é considerada mais segura que a dívida em moeda estrangeira, uma vez que em último caso o Governo pode emitir dinheiro novo para honrar seus compromissos.
Especialistas ainda costumam acrescentar que, pelo fato de a parcela da dívida do Tesouro Direto ser pequena em relação ao estoque total, o risco de um eventual calote para as pessoas físicas é ainda menor, dado que isso agravaria ainda mais uma eventual crise.
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