Veja as marcas de azeite falsificadas em fábrica interditada pela polícia no RJ

Com alta de 40% nos preços entre 2023 e 2024, as fraudes se multiplicaram por todo o Brasil e Ministério da Agricultura já fez alerta para algumas marcas com problemas

Equipe InfoMoney

Azeite de oliva (Foto de Pixabay/Pexels)
Azeite de oliva (Foto de Pixabay/Pexels)

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O aumento de mais de 40% nos preços dos azeites entre 2023 e 2024 abriu as portas para todo o tipo de fraude nesse mercado. O esquema mais recente de produção e comercialização de azeite falsificado foi descoberto na última sexta-feira (8) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, na Zona Oeste da capital carioca. A fábrica clandestina funcionava na Barra de Guaratiba e foi interditada por agentes a 35ªDP de Campo Grande.

Segundo a polícia, os falsificadores retiravam o rótulo de garrafas de lotes com ordem de recolhimento pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e colocavam um novo rótulo de uma marca inexistente. Os criminosos ainda adulteravam o produto misturando o azeite impróprio para consumo com óleo de soja e vendiam para supermercados. Entre as novas marcas estavam a “Ouro de Alentejo”.

No local, foi encontrado maquinário industrial e grande quantidade de garrafas, além do material para envase e rotulagem, como informou o jornal O Globo. Foram localizados ainda rótulos arrancados de garrafas de lote supostamente impróprio, que deveriam ter sido tirados de circulação desde março, como os da marca Mezzano.  Quatro pessoas foram presas durante a operação.

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Os problemas climáticos na Europa, que derrubaram em 20% a produção local impulsionaram tanto os valores dos produto, que o Mapa já havia emitido no dia 21 de outubro um alerta sobre problemas encontrados em 12 marcas de azeite de oliva, classificadas como fraude e consideradas impróprias para consumo.

Testes físico-químicos, segundo o ministério, desclassificaram os produtos por não atenderem aos padrões de identidade e qualidade estabelecidos pela Instrução Normativa nº 01/2012. As análises detectaram a presença de outros óleos vegetais na composição dos azeites, comprometendo sua qualidade e a segurança. Na ocasião, o Ministério da Agricultura listou as marcas de azeites mais fraudados e que representavam risco à saúde dos consumidores.

Entre as marcas de azeites fraudados estavam:

– Grego Santorini (todos os lotes);

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– La Ventosa (todos os lotes);

– Alonso (todos os lotes);

– Quintas D’Oliveira (todos os lotes);

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– Olivas Del Tango (lotes 24014);

– Vila Real (Lotes EV07095VR; 03559; VR04191; VR04234; VR04245; VR4257; EV07100; EV07111; EV07139; EV07145);

– Quinta de Aveiro (Lote 272/08/2023);

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– Vincenzo  (Lote 19227);

– Don Alejandro (Lote 19224);

– Almazara (todos os lotes);

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– Escarpas das Oliveiras(todos os lotes);

– Garcia Torres (Lote 24013).

LEIA MAIS: Ministério da Agricultura publica lista com 12 marcas de azeite fraudadas; confira

Registros suspensos

Algumas das empresas responsáveis por essas marcas estão com CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal, o que reforça a suspeita por fraude. Por isso, os consumidores que adquiriram essas marcas devem interromper o uso imediatamente e buscar a substituição conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, de acordo com o ministério.

Só neste ano, o ministério já publicou três listas identificando lotes e marcas do produto impróprias para consumo. As denúncias sobre a venda de produtos fraudulentos podem ser feitas por meio do canal oficial Fala.BR, com a indicação do local de compra. A venda desses produtos configura infração grave e quem continuar vendendo poderá ser responsabilizado.

Para evitar ser enganado, fique atento na compra:

– desconfie sempre de preços abaixo da média;

– verifique se a empresa está registrada no Ministério da Agricultura;

– confira a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações anteriores;

– não compre azeite a granel;

– é importante estar atento à data de validade e aos ingredientes contidos;

– opte por produtos com a data de envase mais recente.

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