Vai mudar de país? Brisbane, na Austrália, atrai brasileiros por baixo custo de vida

Brasileiros que moram na cidade compartilham seus custos e estilo de vida

Maira Escardovelli

(Pixabay/moremilu)
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Com uma população de 5,3 milhões de pessoas, Sydney é, provavelmente, a cidade mais conhecida da Austrália entre aqueles que buscam emigrar, por oferecer mais oportunidades de trabalho em comparação a outros municípios australianos.  

Apesar disso, em todas as regiões do país há uma alta demanda por trabalhadores imigrantes. A brasileira Alynne Barros, de 25 anos, por exemplo, chegou a Brisbane, capital do estado de Queensland e terceira maior cidade do país, em 2022.

Alynne Barros mora em Brisbane desde 2022 (Foto: Acervo Pessoal)

Ao lado de Sydney, Melbourne, Adelaide e Perth – todas localizadas na Austrália -, o município de Brisbane figura no ranking dos 20 melhores lugares para viver no mundo, listados no relatório da Economist Intelligence Unit.

“Sinto que a Austrália num geral é bem countryside, e eu não queria ir pra uma cidade muito grande, mas também não queria ir para uma muito pequena, escolhi Brisbane por ser bem meio termo”, explica Alynne.

Ela é estudante e também trabalha como professora em uma creche durante três dias na semana, ganhando $32,73 (dólares australianos) por hora. Um ponto que atrai muitos imigrantes é o custo de vida mais barato na comparação com outras cidades da Austrália.

De acordo com a Numbeo, plataforma que estima o custo de vida em diversos locais do mundo, os custos por mês para uma única pessoa em Brisbane giram em torno de $1.630,9, sem aluguel (cerca de R$ 6 mil). A depender do bairro, o valor de um quarto na  cidade pode sair de $280 a $350.  

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Para se ter uma ideia de comparação, segundo os dados da mesma plataforma, Sidney os gastos mensais para uma pessoa, sem incluir o aluguel, chegam a $1.725,7 (cerca de R$ 6.357).

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Saúde e transporte   

No país, estudantes estrangeiros podem trabalhar apenas 24 horas semanais e, para obterem o visto de entrada, precisam ter seguro saúde privado. O serviço cobre emergências, mas há coparticipação em consultas e exames.   

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“Os preços dos remédios são bem em conta. No Brasil gastava quase R$200 com anticoncepcional. Aqui, custa $8 [cerca de R$ 30]”, comenta Alynne.  

Além do pagamento por semana, há outra diferença na dinâmica financeira dos moradores. Na Austrália, é possível escolher se a conta de energia será debitada por mês ou trimestre – em média, Alynne paga $150 [cerca de R$ 540] a cada três meses.  

O transporte público também não tem preço fixo, a passagem varia conforme a distância que o passageiro percorre, mas estudantes pagam meia no valor. O custo da gasolina gira em torno de $1,75 (cerca de R$ 6,40) a $2,50 [R$ 9,14] o litro. 

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Residentes australianos  

Diferente dos brasileiros que estão com visto temporário, os residentes permanentes têm mais acesso à educação e saúde, apesar de nenhum serviço no país ser totalmente gratuito.  

Marcia Cassina conseguiu visto permanente para morar na Austrália após 9 anos (Foto: Acervo Pessoal)

“A gente pode usar o Medicare, que seria o SUS do Brasil, só que você paga uma taxa referente a ele toda vez que vai fazer sua restituição no imposto de renda”, comenta a brasileira Marcia Cassina, que é residente permanente na Austrália e moradora de Sunshine Coast, cidade com cerca de 320 mil habitantes, ao norte de Brisbane. Ela conseguiu o visto após nove anos no país.  

Já as universidades podem ser subsidiadas ou não pelo governo. As que não são chegam a custar até $30 mil por ano, a depender do curso e local, e também há diferenças nos valores da mensalidade para os estudantes domésticos (residentes) e internacionais.  

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“Mas aqui você pode ser quem você quiser. Não importa o que você escolher de profissão, você vai conseguir se manter e ter qualidade de vida. O faxineiro não ganha menos que um chef que não ganha muito menos que quem trabalha em escritório. Tem muito menos desigualdade social”, finaliza Cassina. 

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