Um em cada quatro brasileiros vai manter ritmo diário de compras online no pós-pandemia, indica pesquisa

Anterior à crise sanitária, 35% dos entrevistados pelo PayPal usavam o e-commerce com muita frequência; já em novembro deste ano, o índice beira 60%

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – A pandemia de Covid-19, que forçou os brasileiros a ficarem em casa ao longo da quarentena, alavancou as compras online realizadas a poucos cliques direto do sofá de casa. Esse comportamento segue em alta mesmo diante das flexibilizações que têm possibilitado idas aos pontos físicos de consumo.

É o que mostra pesquisa do PayPal, empresa de pagamentos online. O cenário é o seguinte: cerca de 1 a cada 4 entrevistados (23,5%) vai manter compras online diárias mesmo após a pandemia. Outros 32% têm certeza que continuarão com um ritmo semanal de compras; e 22% só uma vez por mês.

A pesquisa contou com as respostas de 1.000 pessoas em diferentes partes do país na primeira semana de novembro. O grupo de entrevistados contou com homens e mulheres de todas as faixas etárias que tinham feito ao menos duas compras online no mês anterior.

“Os hábitos que podem ter sido adquiridos pela pandemia ou acelerados por ela diante da necessidade devem se manter. Cada vez mais teremos uma sociedade híbrida, que não vai deixar de visitar pontos físicos para algumas compras, mas que vai escolher produtos e serviços para consumir regularmente em casa, como delivery de comida, supermercado e farmácia”, diz Felipe Facchini, head geral de negócios do PayPal Brasil.

Antes de a Covid-19 ganhar status de pandemia, em março de 2020, cerca de 35% dos brasileiros faziam compras online diariamente ou semanalmente; já durante os 20 meses da crise sanitária, esse índice atingiu 57%. E, segundo a pesquisa, esse cenário não deve sofrer alterações no pós-pandemia: cerca de 55% dos brasileiros dizem que continuarão comprando online diariamente ou semanalmente quando a vida voltar à normalidade.

“Os altos índices de adesão a compras online são um sintoma do anseio do consumidor por ter uma experiência de compra que elimine a burocracia da etapa de pagamento – exatamente o contrário do que o pagamento com dinheiro físico representa”, analisa Facchini.

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Entre os motivos que levam as pessoas ao e-commerce, a pesquisa mostra que 98,3% dos entrevistados preferem fazer compras desta forma porque elas são mais fáceis; 98,8% afirmam que gostam da experiência.

Para 91% a compra online “sempre” ou “normalmente” é feita via smartphone, enquanto cerca de 58% preferem laptops; e 54%, desktops.

Cerca de 87,5% afirmam que as aquisições online fazem parte de sua vida cotidiana e 84,5% dizem que passaram a fazer mais compras e pagamentos online durante a pandemia.

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Pix já conquistou seu espaço: meios de pagamentos

O método de pagamento mais utilizado para compras online, de acordo com a pesquisa, é o cartão de crédito (78,7%), seguido pelo cartão de débito (58,1%), e o Pix, com 47,1%.

Segundo a pesquisa, o sistema de pagamentos instantâneos vem se consolidando e ganhando cada vez mais espaço. Inclusive, o Pix completou um ano de operações nesta terça (16) – veja o balanço do sistema até aqui. 

A carteira digital é a quarta opção mais utilizada, sendo escolhida por 45, 4% dos consumidores online -nesta questão os entrevistados poderiam marcar mais de uma opção.

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Segurança

Os entrevistados ressaltam a preocupação com a segurança ao comprar online: 78,2% admitem que têm receios de enfrentar problemas de segurança, embora não deixem de efetuar compras por isso.

“Os consumidores online expressam estar preocupados com a segurança em suas compras diárias online, independentemente do serviço, produto ou canal onde eles compram”, diz o estudo.

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Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.