Uber no Brasil passa a aceitar pagamento em crédito pré-pago

Essa possibilidade não existe em nenhum outro mercado onde a empresa atua

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A Uber começou a permitir na quinta-feira (14) o uso de crédito pré-aprovado para pagar por corridas no Brasil. Essa possibilidade não existe em nenhum outro mercado onde a empresa atua, e era uma das maiores reivindicações de motoristas e passageiros.

A lógica é a mesma do celular pré-pago: bastará ir até um dos 250 mil pontos de recarga, realizar um pagamento entre R$ 25 e R$ 200 e a máquina gera um código, que o usuário deve cadastrar no serviço. Os créditos também poderão ser usados para o pagamento de delivery pelo Uber Eats. 

Após a aquisição do crédito, será necessário ativá-lo. Para isto, basta abrir o aplicativo, tocar em Menu, abrir a seção Pagamentos, depois Adicionar forma de pagamento e, então, Uber Pré-Pago. O aplicativo abrirá um campo para que o usuário possa digitar o código recebido no ponto de venda após o pagamento pelo valor desejado em créditos. Conforme o uso do valor em corridas, o crédito disponível é abatido do total cadastrado no aplicativo.

Atualmente, clientes pré-pagos são mais de 60% das linhas móveis ativas no Brasil, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Só 28% dos brasileiros possuem cartão de crédito. É esse o público que a companhia quer atingir. 

Ampliar as opções de pagamento se tornou mais importante para o Uber à medida que a empresa acelerou sua expansão nas regiões metropolitanas das grandes cidades. “O Brasil é o segundo maior mercado para o Uber no mundo em número de corridas”, disse Barney Harford, diretor global de operações do Uber, em entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo. “Queremos oferecer o maior número de opções de pagamento possível, e os créditos permitem que as pessoas não precisem carregar dinheiro com elas.”

No fim de 2017, o Uber passou a vender cartões pré-pagos em lojas de varejo, o que permitia aos usuários comprarem créditos. A iniciativa também veio depois de reclamações, principalmente de motoristas, sobre os perigos de aceitar corridas em dinheiro – sem a garantia do pagamento ou mesmo da idoneidade do cliente.

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Outros players do mercado também trabalham com opções além de crédito. A 99, por exemplo, já aceita pagamento em débito via app, sem a necessidade do uso da maquininha. 

Com Agência Estado

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney