Teste do Galaxy Z Flip coloca em xeque qualidade da tela dobrável de vidro

O Galaxy Z Flip está confirmado para chegar no mercado brasileiro em março deste ano e deve custar R$ 8.999

Allan Gavioli

(Reprodução/YouTube)
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SÃO PAULO – O mais novo celular dobrável da Samsung, o Galaxy Z Flip, teve a sua tela levada para a berlinda ao não se sair muito bem em um teste de durabilidade feito por um reconhecido canal no YouTube.

Durante o anuncio do novo smartphone, a Samsung alegou que o Galaxy Z Flip usa tela de vidro, algo inovador para celulares dobráveis: os outros modelos desse estilo são fabricados com telas de plástico. Isso animou consumidores e especialistas, que disseram que o aparelho colocava a tecnologia de dobráveis em outro patamar.

Zack Nelson é dono e apresentador de um canal no YouTube chamado JerryRigEverything e fez muito sucesso na rede social colocando celulares e aparelhos eletrônicos sob testes de durabilidade das partes externas, como telas, botões e revestimento.

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Em seu último vídeo – que chegou a 6 milhões de visualizações em dois dias – Nelson questiona se o Galaxy Z Flip possui de fato uma tela de vidro.

O teste

Segundo Nelson, a tela do Z Flip começa a mostrar marcas e arranhões permanentes muito mais cedo do que seria visto em telas feitas de vidro. Parte do teste consiste em arranhar, repetidamente, a tela do smartphone com diferentes ferramentas, variando a intensidade e material que está sendo usado para arranhar.

Para deixar mais claros os resultados, Nelson divide a tela do aparelho em nove pedaços diferentes e passa a arranhar parte por parte. Já nos primeiros estágios, o aparelho já começa a apresentar danos permanentes na tela.

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Nelson ficou surpreso com o resultado, já que os smartphones modernos com telas de vidro têm “arranhões começando no nível 6, com ranhuras mais profundas no nível 7” – o que colocou em dúvida o material utilizado para fazer a tela do aparelho.

O vidro é um material mais resistentes a arranhões e marcas de uso do que o plástico. Esse último, porém, é infinitamente mais flexível e moldável – características fundamentais para uma tela que precisa dobrar constantemente sem sofrer danos.

Nelson acredita que a Samsung poderia estar usando um polímero plástico híbrido com pedaços microscópicos de vidro misturados, como uma forma de imitar o vidro e manter as características flexíveis do plástico. Assista ao vídeo:

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O outro lado

Questionada pelo The Verge, site americano de tecnologia, sobre como foi feito para que o vidro dobrasse e quais processos foram aplicados ao material, a Samsung explicou que a tecnologia presente na tela do Z Flip é semelhante à do Galaxy Fold – cuja tela é feita de plástico, não de vidro.

“O Galaxy Z Flip apresenta um Infinity Flex Display com vidro ultra fino (UTG) da Samsung. A primeira tecnologia UTG da Samsung é diferente de outros dispositivos principais do Galaxy. Enquanto a tela está aberta, ela deve ser manuseada com cuidado. Além disso, o Galaxy Z Flip possui uma camada protetora na parte superior do UTG, semelhante ao Galaxy Fold”, disse a companhia em nota.

A companhia ainda afirmou que deve oferecer um serviço de substituição de tela para o Z Flip, assim como fez com o Galaxy Fold.

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A Samsung vai oferecer uma troca grátis da camada protetora da tela a consumidores dos Estados Unidos e vai cobrar US$ 119 (cerca de R$ 517 na conversão direta) pela substituição total da tela.

O Galaxy Z Flip está confirmado para chegar no mercado brasileiro em março deste ano e deve custar R$ 8.999. O Galaxy Fold chegou ao Brasil em janeiro como o smartphone mais caro comercializado no país, custando R$ 13 mil.

Ainda não está claro se esse serviço de assistência técnica especializada estará disponível no Brasil quando o modelo for lançado por aqui.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.