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SÃO PAULO – Patrocinadora do Botafogo, a TelexFree pagou R$ 4 milhões ao clube carioca – mais do que a empresa faturou em dois anos com sua atividade “principal” e legal, a venda de serviços VoIP. A empresa, acusada de pirâmide financeira, fechou o patrocínio com o time no início do ano, e desde então repassou US$ 1,7 milhão para os cariocas, mostrou dados dos relatórios enviados pela empresa à SEC (Securities and Exchange Comission).
Nos últimos dois anos – de agosto de 2012 a março de 2014 -, a empresa só recebeu US$ 1,3 milhão em operações com VoIP. Nesse período, porém, a empresa arrecadou US$ 302 milhões em taxas de adesão de membros, que não tinham mais a função de vender o VoIP e sim de arranjar novos divulgadores, caracterizando a pirâmide financeira.
Isso levou a SEC a pedir o congelamento dos bens do grupo nos EUA e o ministério público do Acre a fazer a mesma coisa no Brasil. O clube sempre defendeu que a TelexFree fosse uma atividade lícita – e estampou seu nome na camiseta usada durante a fraca campanha na Taça Libertadores da América.
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O contrato havia sido formado com a sede da TelexFree nos EUA, que ainda não estava bloqueada, no momento em que o patrocínio foi selado. Contudo, o mesmo esquema estava em funcionamento nos EUA – organizado inclusive pelos mesmos sócios, Carlos Wanzeler e James Matthew Merrill.
A TelexFree, porém, já existia desde 2002. O grande estouro da atividade só ocorreu quando foi trazida para o Brasil, em 2012. A SEC anunciou o congelamento de bens de cinco empresas e oito pessoas ligada à TelexFree, inclusive Wanzeler e Merrill.
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